Há uma grande probabilidade de as pessoas acharem que és santa.
Eu não sou.
Contrario em muito as tendências inglesas.
Os enfermeiros daqui adoram fechar-se nos escritórios a preencher papéis.
Dar ordens aos auxiliares.
Eu gosto de ir trabalhar com eles.
Suar a dar banhos.
Ver-me grega para fazer um doente agressivo engolir medicação.
Limpar merda. Porque não?
Orgulho-me de ter dado uma lição a esta gente.
Que pensavam que, por ser nova na profissão e no país, era tontinha.
Longe vai o tempo em que as enfermeiras eram freiras.
Eu sou enfermeira e gosto de sair à noite. Gosto de me embebedar de vez em quando.
Gosto de dizer disparates e rir alto.
Gosto de piercings, tatuagens, rastas e pessoas que se vestem de preto.
Eu sou enfermeira. Gosto de me sentir útil aos outros.
Mas só porque ser útil aos outros, faz-me feliz a mim.
A questão, no fim de contas, sou sempre eu.
Sou tão egoísta como o resto da humanidade.
És grande!
ResponderEliminarSim, Bosco.
ResponderEliminarPara os lados :)