quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

06/12/2011

Faz dias que não escrevo. O cansaço é muito.
O calor a partir das dez deixa-me mole. Mas de manhã e à noite o ar é fresco e faz tudo valer a pena.

Nos últimos dias, sou mais do que enfermeira.
Essas camas neste quarto. 
O cardiotocógrafo aqui. 
É preciso etiquetas para a sala de stock. 
O aspirador de secreções na sala de parto. 
Para que me mandam cateteres binasais, se não temos oxigénio em cilindros nem sistema interno hospitalar?
Sou lavadeira também.
Tirar vestígios de tinta e cimento com uma espátula.
Lavar o chão com ácido.
Tirar o pó das paredes.
Fazer todas as camas.

O material está todo na maternidade. Pronta para inaugurar amanhã.
Estou mais nervosa que o director.

Ontem conduzi até Canchungo.
O meu pai, que me chama maçarica, devia ver-me a conduzir um carro de guerra. Lindo. Fiquei ensopada; muito mais esforço do que uma hora de ginásio.

No outro dia embebedei-me. Fiz a espargata. Fui para o quarto ao colo.

Só cenas.

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