segunda-feira, 19 de março de 2012

De como brindar um pai com um orçamento miserável

Quando o meu pai fez anos, eu estava na Guiné e consegui rede no telemóvel para lhe ligar. Acho que ele gostou da prenda.

Acontece que o meu pai não é homem de prendas.
Há uns tempos comprei-lhe um perfume caro. Todos os dias usa uma água de colónia foleira do Continente.
E o Yves Saint Laurent continua no cesto da casa-de-banho. À espera de algum dia importante, tipo o dia do meu casamento.

Hoje é o dia do pai e decidi comprar alguma coisa que ele use, realmente.
Pensei numa caixa de chocolates que ele ia adorar do fundo do coração. Mas sendo eu enfermeira e ele diabético achei melhor não.

Comprei uma garrafa de vinho.
Escrevi um texto giro em cartolina. Usei duas fitinhas - daquelas que vêm na parte de dentro da roupa, para facilitar pendurá-las nos cabides - et voilá.



O bom de ir ao Continente - e não a uma loja gourmet, ou lá como se escreve - é que há vinhos para todas as carteiras.

E o meu pai é o melhor de todos.

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