Há muitas pessoas.
E muitas pessoas… diferentes, chamemos-lhes assim.
Pessoas que saem de casa e não têm vergonha de mostrar quem
são.
Que estão dispostas a levar com olhares. Gozo. Reprovação.
Mas ainda assim, preferem não fingir.
Eu bebo um bocado e fico insuportável.
Falo com toda a
gente. Implico, faço rir, rio-me, danço até o corpo não aguentar mais.
Ontem, na fila para um bar, vi aquilo que me pareceu ser um
rapaz de 15 anos.
Falamos um bocadinho. Como devem imaginar, a minha taxa de
alcoolémia na altura impediu-me de gravar o diálogo como habitualmente faço.
Só me lembro de qualquer coisa como:
- E tu estás a pensar que eu sou um rapaz, não é?
Olhei-lhe para o peito e vi que tinha maminhas.
Ela reparou na minha cara de confusa. Olhei para ela, ri-me,
abraçamo-nos.
Ela voltou à mesa dos LGBT. Uma mesa cheia de aves raras.
Que saem de casa sem medo de ser quem são :)
Bebe água.
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