Quatro horas de viagem. Dentro do avião o ar é abafado e carregado de cheiro de gente.
Saio para o aeroporto. A brisa é quente. Respiro fundo para tentar reconhecer o cheiro de África mas só sinto o cheiro de combustível.
O cheiro a África só o sinto quando vou no carro. Janela aberta e o ar da noite a vir ao meu encontro a toda a velocidade.
Chego a casa cheia de pó. A minha pele é pegajosa devido ao suor.
Vi Bissau à luz do dia. Vi pobreza, lixo, um cão vadio a ser devorado por abutres, ratos.... E por incrível que pareça, isto não é assim tão agressivo para os meus olhos.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Preciso mesmo da vossa ajuda!
Preciso de arranjar uma maneira de passar vídeos do Youtube para o meu computador.
Alguma alma caridosa está disposta a ajudar uma trenga em informática?
Obrigadas :)
Alguma alma caridosa está disposta a ajudar uma trenga em informática?
Obrigadas :)
domingo, 13 de novembro de 2011
E faltam oito dias!
O meu Domingo é passado, mais uma vez, de volta da Saúde Materna.
Olho pela janela do meu quarto e penso que vou sentir falta do Inverno de Biana.
Quando regressar de África gostava de ficar por cá algum tempo.
Ver os meus pais envelhecer e estar mais tempo com eles.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
O mundo está perdido!
Para nos levarem para a cama os homens agora precisam de... sentimentos?!
Não liguem que nem cinco da tarde são e eu já estou alcoolizada.
Não liguem que nem cinco da tarde são e eu já estou alcoolizada.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Um dia, há muito-muito tempo
Eu e o P. saíamos do autocarro, no centro de Salisbury.
Mesmo em frente à paragem, um grupo de hippies com um cartaz onde se lia "FREE HUGS".
Eu, perante o olhar incrédulo do P. e de meia dúzia de ingleses anti-sociais, cheguei-me à frente e abracei um desconhecido.
Os abraços são especiais para mim.
É uma proximidade que eu gosto muito. Muito mais do que beijos na boca.
Lembrei-me disto, através deste vídeo.
A minha vida tem memórias tão bonitas.
Mesmo em frente à paragem, um grupo de hippies com um cartaz onde se lia "FREE HUGS".
Eu, perante o olhar incrédulo do P. e de meia dúzia de ingleses anti-sociais, cheguei-me à frente e abracei um desconhecido.
Os abraços são especiais para mim.
É uma proximidade que eu gosto muito. Muito mais do que beijos na boca.
Lembrei-me disto, através deste vídeo.
A minha vida tem memórias tão bonitas.
A história dramática de uma enfermeira
Que não podia com as pinças.
É o que acontece quando se faz meia hora de ginásio focada em bícepes, trícepes e peito.
É o que acontece quando se faz meia hora de ginásio focada em bícepes, trícepes e peito.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
domingo, 6 de novembro de 2011
No outro dia foi jantar de gajas
E é bom perceber que há coisas que não mudam. Quer passe uma semana, quer passe um ano.
Obrigada miúdas.
Por gostarem de mim, apesar de toda a parvoíce que já fiz nesta vida.
Obrigada miúdas.
Por gostarem de mim, apesar de toda a parvoíce que já fiz nesta vida.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Se eu fosse um animal
Era um elefante.
Sou grande, vegetariana e tenho boa memória.
Os elefantes são os meus animais favoritos.
Pela capacidade de mostrarem sentimentos tão bonitos. Às vezes, parecidos aos nossos, humanos.
O Dumbo é o filme mais triste que eu já vi na minha vida. Ainda hoje choro. Tanto ou mais do que quando tinha 5 anos.
O mundo de hoje é um lugar extremamente hostil para os maiores mamíferos terrestres.
Domamo-los em circos. Prendomo-los em jardins zoológicos. Matamo-los.
Sabem que eles também choram?
Sou grande, vegetariana e tenho boa memória.
Os elefantes são os meus animais favoritos.
Pela capacidade de mostrarem sentimentos tão bonitos. Às vezes, parecidos aos nossos, humanos.
O Dumbo é o filme mais triste que eu já vi na minha vida. Ainda hoje choro. Tanto ou mais do que quando tinha 5 anos.
O mundo de hoje é um lugar extremamente hostil para os maiores mamíferos terrestres.
Domamo-los em circos. Prendomo-los em jardins zoológicos. Matamo-los.
Sabem que eles também choram?
Obrigada.
Eu estou registada no site d'O Segredo.
Sim, acredito nestas coisas da Lei d'Atracção.
Numa altura em que eu ando cheia de medos, eis que chegam as palavras certas.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Das segundas-feiras
Domicílio da uma da tarde.
- Que tal dormiu hoje, dona M.A.?
- Ó, num durmo nadinha, enfermeira. É umas dores... E este homem sempre a virar-se na cama!
- Tentou a bolsinha de água quente, como lhe disse?
- Tentei. Mas num cunsigo pregar olho. E este homem é vira pa um lado, vira pó outro. Sabe Deus o que eu passo.
À saída.
- Ó A., vai levar a enfermeirinha à porta.
- Deixe-se estar, eu sei o caminho.
O velhinho lá me segue. Não vai sair de casa hoje. Mas veste camisa, calça e casaco a condizer.
- Sabe, ela diz que num dorme mas ressona a noite toda, o raça da mulher.
Chego a casa e a visão da janela do meu quarto é esta.
Eu, que sou muito avó, visto meias de lã pirosas e embrulho-me numa manta.
- Que tal dormiu hoje, dona M.A.?
- Ó, num durmo nadinha, enfermeira. É umas dores... E este homem sempre a virar-se na cama!
- Tentou a bolsinha de água quente, como lhe disse?
- Tentei. Mas num cunsigo pregar olho. E este homem é vira pa um lado, vira pó outro. Sabe Deus o que eu passo.
À saída.
- Ó A., vai levar a enfermeirinha à porta.
- Deixe-se estar, eu sei o caminho.
O velhinho lá me segue. Não vai sair de casa hoje. Mas veste camisa, calça e casaco a condizer.
- Sabe, ela diz que num dorme mas ressona a noite toda, o raça da mulher.
Chego a casa e a visão da janela do meu quarto é esta.
Eu, que sou muito avó, visto meias de lã pirosas e embrulho-me numa manta.
sábado, 29 de outubro de 2011
'Tá bonito!
Ontem fui ao blog da S*. Aliás, vou lá todos os dias e rio-me sempre.
Desde então, esta música não me sai da cabeça.
Desde então, esta música não me sai da cabeça.
Da semana de merda
Todos os dias, madrugada a dentro a ler Enfermagem na Maternidade.
Acordar cedo e ir ao ginásio.
Domicílio um. Injectáveis. Báááásico.
Domicílio dois. Úlcera de pressão infectada. A ser tratada com pó de talco até eu ter olhado para ela. Dez minutos e o cheiro entranha-se na minha roupa.
Contactar os Centros de Saúde na esperança de colher flyers, posters, folhetos, amostras, discos para cálculo da data provável de parto, e tudo-e-tudo. Vou levá-los para a Guiné.
Nervos: ó-meu-deus-e-se-isto-não-corre-bem?
Sonhar com crianças desnutridas a pedirem-me colo.
Chega o fim-de-semana. Horas seguidas passadas com os amigos.
Jogar bowling mesmo a perder.
Suar com a aula de RPM e nadar na piscina.
Falar de coisas pouco sérias.
Beber sangria e só depois me lembrar que estou a antibióticos. Graças a deus, não comecei a espumar pela boca.
Fim-de-semana é bom.
Só faltava um item para ser perfect.
You know what I mean... :)
Acordar cedo e ir ao ginásio.
Domicílio um. Injectáveis. Báááásico.
Domicílio dois. Úlcera de pressão infectada. A ser tratada com pó de talco até eu ter olhado para ela. Dez minutos e o cheiro entranha-se na minha roupa.
Contactar os Centros de Saúde na esperança de colher flyers, posters, folhetos, amostras, discos para cálculo da data provável de parto, e tudo-e-tudo. Vou levá-los para a Guiné.
Nervos: ó-meu-deus-e-se-isto-não-corre-bem?
Sonhar com crianças desnutridas a pedirem-me colo.
Chega o fim-de-semana. Horas seguidas passadas com os amigos.
Jogar bowling mesmo a perder.
Suar com a aula de RPM e nadar na piscina.
Falar de coisas pouco sérias.
Beber sangria e só depois me lembrar que estou a antibióticos. Graças a deus, não comecei a espumar pela boca.
Fim-de-semana é bom.
Só faltava um item para ser perfect.
You know what I mean... :)
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Da Bulimia Nervosa
Para quem sofre desta coisa, dez mil calorias não são nada.
Dez mil calorias é o aporte energético recomendado para cinco dias, numa pessoa normal. Mais ou menos.
Num bulímico, dez mil calorias é o equivalente a um binge eating. Um episódio de compulsão. Uma perda de controlo. Uma só.
O tempo pára. O prazer está ligado ao máximo. O corpo anestesia quando o sabor nos chega à língua. O estômago dói de tão cheio. Mas nós não sentimos nada.
E depois saímos do transe. Cai a culpa, da qual nos livramos debruçados na sanita.
Alguns com escovas de dentes goela abaixo. Os que foram desenvolvendo a técnica e se tornaram mestres como eu, só precisam de água e concentração - para contrair o estômago e contrariar o sentido dos movimentos peristálticos. A minha cárdia 'tá toda lixada.
Quem pensa que os bulímicos são sempre magrinhos, engana-se.
Há bulímicos normais. Há bulímicos com ligeiro excesso de peso, como eu.
Nunca conseguimos esvaziar o estômago todo.
Depois entram os diuréticos, os laxantes, o exercício físico. E o jejum que vai acabar com mais dez mil calorias. E recomeça-se o ciclo.
Um dia, gostava mesmo de fazer um estudo de investigação sobre os distúrbios alimentares. Gostava de ter uma formação a sério, para além dos 55414587455645454545 livros que já li sobre o assunto. Gostava de ajudar pessoas na mesma situação.
O meu estado, neste momento, é latente. Nunca se sabe quando será a próxima recaída.
Consigo controlar-me mais-ou-menos.
Ontem comi um bolo de chocolate ao lanche. Se a vontade era chegar a casa e mandá-lo esgoto abaixo? Sim. Mas não o fiz.
Selei a boca até ao jantar. Comi sopa. Fiz duas horas de ginásio hoje de manhã.
As minhas estratégias para lidar com isto ainda não são eficazes.
Se fossem, eu já tinha esquecido o bolo.
O problema é que para além dos mecanismos compensatórios, eu ainda penso nele. Do quanto dele foi parar aos meus braços, às coxas, às mamas, ao fundo da barriga, ao rabo.
Hoje à noite vou jantar com os amigos.
Vou beber caipirinha, se deus quiser. Sim, sim, apesar do açúcar amarelo e do álcool que só tem calorias vazias.
Amanhã faço RPM.
Um bulímico vai-se curando devagarinho.
Dez mil calorias é o aporte energético recomendado para cinco dias, numa pessoa normal. Mais ou menos.
Num bulímico, dez mil calorias é o equivalente a um binge eating. Um episódio de compulsão. Uma perda de controlo. Uma só.
O tempo pára. O prazer está ligado ao máximo. O corpo anestesia quando o sabor nos chega à língua. O estômago dói de tão cheio. Mas nós não sentimos nada.
E depois saímos do transe. Cai a culpa, da qual nos livramos debruçados na sanita.
Alguns com escovas de dentes goela abaixo. Os que foram desenvolvendo a técnica e se tornaram mestres como eu, só precisam de água e concentração - para contrair o estômago e contrariar o sentido dos movimentos peristálticos. A minha cárdia 'tá toda lixada.
Quem pensa que os bulímicos são sempre magrinhos, engana-se.
Há bulímicos normais. Há bulímicos com ligeiro excesso de peso, como eu.
Nunca conseguimos esvaziar o estômago todo.
Depois entram os diuréticos, os laxantes, o exercício físico. E o jejum que vai acabar com mais dez mil calorias. E recomeça-se o ciclo.
Um dia, gostava mesmo de fazer um estudo de investigação sobre os distúrbios alimentares. Gostava de ter uma formação a sério, para além dos 55414587455645454545 livros que já li sobre o assunto. Gostava de ajudar pessoas na mesma situação.
O meu estado, neste momento, é latente. Nunca se sabe quando será a próxima recaída.
Consigo controlar-me mais-ou-menos.
Ontem comi um bolo de chocolate ao lanche. Se a vontade era chegar a casa e mandá-lo esgoto abaixo? Sim. Mas não o fiz.
Selei a boca até ao jantar. Comi sopa. Fiz duas horas de ginásio hoje de manhã.
As minhas estratégias para lidar com isto ainda não são eficazes.
Se fossem, eu já tinha esquecido o bolo.
O problema é que para além dos mecanismos compensatórios, eu ainda penso nele. Do quanto dele foi parar aos meus braços, às coxas, às mamas, ao fundo da barriga, ao rabo.
Hoje à noite vou jantar com os amigos.
Vou beber caipirinha, se deus quiser. Sim, sim, apesar do açúcar amarelo e do álcool que só tem calorias vazias.
Amanhã faço RPM.
Um bulímico vai-se curando devagarinho.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Nostalgia
No outro dia falava com a minha querida L. sobre o meu antigo trabalho.
Tenho saudades. Muitas.
Até do cansaço e das semanas seguidas com mais de 60 horas.
Do stress. Do staff preguiçoso. Da falta de staff.
A avaliar pela minha força de braços, ninguém diria que eu já virei doentes com mais de oitenta quilos numa cama. Sozinha.
Ser enfermeira é assim.
Primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Tenho saudades. Muitas.
Até do cansaço e das semanas seguidas com mais de 60 horas.
Do stress. Do staff preguiçoso. Da falta de staff.
A avaliar pela minha força de braços, ninguém diria que eu já virei doentes com mais de oitenta quilos numa cama. Sozinha.
Ser enfermeira é assim.
Primeiro estranha-se, depois entranha-se.
Questões existenciais
Será que na Guiné há suplementos de ácido fólico para prevenção da espinha bífida?
E como se faz o controlo da anemia fisiológica da gravidez?
Será que os médicos sabem utilizar um ecografo com Doppler?
Wake up, Rita. Wake up.
E como se faz o controlo da anemia fisiológica da gravidez?
Será que os médicos sabem utilizar um ecografo com Doppler?
Wake up, Rita. Wake up.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Factóides
Quando, finalmente, acho piada a um homem heterossexual...
Quando, finalmente, o corpo de um homem faz latejar partes do meu corpo que eu já nem me lembrava que existiam...
Quando, finalmente, me comporto como uma adolescente porque hoje vou vê-lo...
Eis que...
Levo uma tampa de todo o tamanho.
Biba!
Quando, finalmente, o corpo de um homem faz latejar partes do meu corpo que eu já nem me lembrava que existiam...
Quando, finalmente, me comporto como uma adolescente porque hoje vou vê-lo...
Eis que...
Levo uma tampa de todo o tamanho.
Biba!
terça-feira, 25 de outubro de 2011
O melhor do mundo são os amigos 3!
Ok, posso não ser podre de boa.
Mas não é todos os dias que ouvimos dizer nunca conheci uma mulher com tanta piada.
Sou mesmo engra... parva!
Mas não é todos os dias que ouvimos dizer nunca conheci uma mulher com tanta piada.
Sou mesmo engra... parva!
É já dia 20 de Novembro
Vou para a Guiné-Bissau.
Vou fazer mil e uma coisas, inclusivé dar sustentabilidade a uma maternidade nova.
Há imensas coisas que me podiam estar a comer a cabeça.
Fraco acesso a electricidade, água, material de enfermagem.
Doenças esquisitas e sei lá mais o quê.
Neste momento só consigo preocupar-me com o meu fraco conhecimento em Saúde Materna. Parece que já vão vinte anos desde que tive aulas com a professora S.. O tom de voz sempre calmo...
Apesar de estar com preguiça para estudar, o meu Sábado à noite não se resumiu a jantar com os amigos nem a dançar num bar.
Resumiu-se a isto.
Vou fazer mil e uma coisas, inclusivé dar sustentabilidade a uma maternidade nova.
Há imensas coisas que me podiam estar a comer a cabeça.
Fraco acesso a electricidade, água, material de enfermagem.
Doenças esquisitas e sei lá mais o quê.
Neste momento só consigo preocupar-me com o meu fraco conhecimento em Saúde Materna. Parece que já vão vinte anos desde que tive aulas com a professora S.. O tom de voz sempre calmo...
Apesar de estar com preguiça para estudar, o meu Sábado à noite não se resumiu a jantar com os amigos nem a dançar num bar.
Resumiu-se a isto.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
O melhor do mundo são os amigos!
- Blábláblá, 'tá sempre ocupado. Diz que não tem tempo...
- Se calhar joga na outra equipa, não?
- Acho que não. Ai meu deus! Não me vai calhar outro gay, vai? Porque é que eu só me interesso por gays... Porquê? Vai ao Facebook dele. Diz-me o que achas.
Cinco minutos depois.
- Aqui não dá p'ra ver muito bem. Uma ou outra foto crítica mas nada de especial.
F. obrigada por me fazeres rir!
- Se calhar joga na outra equipa, não?
- Acho que não. Ai meu deus! Não me vai calhar outro gay, vai? Porque é que eu só me interesso por gays... Porquê? Vai ao Facebook dele. Diz-me o que achas.
Cinco minutos depois.
- Aqui não dá p'ra ver muito bem. Uma ou outra foto crítica mas nada de especial.
F. obrigada por me fazeres rir!
Certidão de Insanidade Mental
Ai-meu-deus!
Só penso em noites de amor ao som desta música ou outra qualquer desde que seja melosa!
Internem-me!
Até podia colocar uma imagem a ilustrar isto
Mas eu sou uma mulher séria (lá-no-fundo-no-fundo)!
As minhas mamas já não enchem os sutiens e eu não caibo em mim de felicidade! Biba!
As minhas mamas já não enchem os sutiens e eu não caibo em mim de felicidade! Biba!
sábado, 22 de outubro de 2011
Deixo todos os meus bens à Greenpeace e à PETA
Eu, que não percebo nada de Facebook nem de internet em geral, descobri por intermédio do meu querido M., que o meu perfil tinha conexão directa ao meu blog.
Andei a adicionar pessoas do ginásio.
Com muita sorte elas não vieram aqui parar.
Nem leram as barbaridades que eu aqui escrevo.
Se por acaso descobriram o meu blog, que fique bem claro que farto-me de falar bem da vossa simpatia e profissionalismo.
Agora vou ali afogar-me na piscina.
Andei a adicionar pessoas do ginásio.
Com muita sorte elas não vieram aqui parar.
Nem leram as barbaridades que eu aqui escrevo.
Se por acaso descobriram o meu blog, que fique bem claro que farto-me de falar bem da vossa simpatia e profissionalismo.
Agora vou ali afogar-me na piscina.
Paliar este gatinho
Já me passou pela cabeça, muitas e muitas vezes, estudar veterinária.
O Alonso já cuidou de mim.
Naquele mês de Agosto em que o peso do mundo, vindo não sei de onde, caiu sobre mim.
À noite ele fazia-me companhia. Não se aproximava muito. Via-me chorar ao longe. Dava-me espaço.
Agora é a minha vez de cuidar dele.
Todos os dias preparo-lhe soro e dou-lhe injecções.
Vejo a carne desaparecer-lhe do corpo. Os ossos cada vez mais salientes.
Homens e bichos. Somos tão iguais.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Ódiozinhos de estimação no ginásio
Gente sem noção.
Depois de utilizar qualquer máquina, regulo sempre o peso ao mínimo. 'Tá bem que dá o mesmo trabalho ajustar uma máquina que está no mínimo e uma máquina que está com 72 quilos.
Mas ponho-me a pensar que alguém se pode esquecer de verificar o peso, dar um esticão e magoar-se a sério.
Gostava que fizessem o mesmo. Quanto mais não fosse porque assim não tinha de encarar certas coisas. Tipo gente que levanta quase cem quilos numa máquina em que eu só levanto dezoito.
Anyway.
Outra coisa que eu não suporto é gente que ocupa máquinas "à grande".
Tipo falar com o vizinho da frente sobre a família e a crise. De rabinho alapado na máquina que outras pessoas poderiam utilizar.
Também me irrita muito pessoas que não vão para lá treinar. Vão para se exibir e ver o que os outros andam a fazer. Geralmente têm sempre uma palavrinha a dizer, mesmo que não me conheçam de lado nenhum: " Quê, só 45 quilos? Que fraquinha...". Ao que eu respondo mentalmente um murro nesses dentes e ias ver quem é fraca.
Apesar de eu achar a equipa do ginásio maravilhosa e muito eficiente, há lá um gajo que me dá nervos. É primo de uma colega minha, tanto quanto sei.
Acho que é professor ou personal trainer ou lá que é. Lá lhe disseram que era giro e ele acreditou. Agora tem uma pinta tão grande que até mete nojo.
E é isto.
Depois de utilizar qualquer máquina, regulo sempre o peso ao mínimo. 'Tá bem que dá o mesmo trabalho ajustar uma máquina que está no mínimo e uma máquina que está com 72 quilos.
Mas ponho-me a pensar que alguém se pode esquecer de verificar o peso, dar um esticão e magoar-se a sério.
Gostava que fizessem o mesmo. Quanto mais não fosse porque assim não tinha de encarar certas coisas. Tipo gente que levanta quase cem quilos numa máquina em que eu só levanto dezoito.
Anyway.
Outra coisa que eu não suporto é gente que ocupa máquinas "à grande".
Tipo falar com o vizinho da frente sobre a família e a crise. De rabinho alapado na máquina que outras pessoas poderiam utilizar.
Também me irrita muito pessoas que não vão para lá treinar. Vão para se exibir e ver o que os outros andam a fazer. Geralmente têm sempre uma palavrinha a dizer, mesmo que não me conheçam de lado nenhum: " Quê, só 45 quilos? Que fraquinha...". Ao que eu respondo mentalmente um murro nesses dentes e ias ver quem é fraca.
Apesar de eu achar a equipa do ginásio maravilhosa e muito eficiente, há lá um gajo que me dá nervos. É primo de uma colega minha, tanto quanto sei.
Acho que é professor ou personal trainer ou lá que é. Lá lhe disseram que era giro e ele acreditou. Agora tem uma pinta tão grande que até mete nojo.
E é isto.
É que nem doente sou uma mulher séria
Ora bem, ontem levei a vacina contra a febre amarela.
Umas horas depois, a minha cabeça estava para explodir.
Tive suores frios e dores musculares que me mandaram direitinha para a cama, quase a alucinar.
Dormi catorze horas seguidas e continuo meia grogue.
Fui ao ginásio. Ver se esta coisa saía por intermédio do suor.
Bastou-me vê-lo. Os olhos clarinhos, a cara de bebé.
Ai, ai. Nem o vírus vivo atenuado me bate tão forte!
Umas horas depois, a minha cabeça estava para explodir.
Tive suores frios e dores musculares que me mandaram direitinha para a cama, quase a alucinar.
Dormi catorze horas seguidas e continuo meia grogue.
Fui ao ginásio. Ver se esta coisa saía por intermédio do suor.
Bastou-me vê-lo. Os olhos clarinhos, a cara de bebé.
Ai, ai. Nem o vírus vivo atenuado me bate tão forte!
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Toma p'ra aprenderes!
Ontem, ao fim de dez minutos de step já tinha um pulmão de fora. Lin-do!
Hoje, há músculos que me doem que eu nem sabia que existiam. E olhem que eu tirava boas notas a Anatomia.
Qual a melhor maneira de premiar um corpo dorido?
Isso mesmo. Levar cinco vacinas de uma vez só.
Hoje, há músculos que me doem que eu nem sabia que existiam. E olhem que eu tirava boas notas a Anatomia.
Qual a melhor maneira de premiar um corpo dorido?
Isso mesmo. Levar cinco vacinas de uma vez só.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Ontem foi jantar de amigos
E é mesmo bom perceber que está toda a gente feliz.
A C. com trabalho à porta de casa.
O J. apaixonado e a olhar ´p'ró telemóvel a cada cinco minutos.
Eu com um pé em Portugal e o outro já na Guiné.
Vida, amigos e caipirinha.
É o que se quer.
A C. com trabalho à porta de casa.
O J. apaixonado e a olhar ´p'ró telemóvel a cada cinco minutos.
Eu com um pé em Portugal e o outro já na Guiné.
Vida, amigos e caipirinha.
É o que se quer.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Que desgraça!
Esta musiquinha pimba não me sai da cabeça. Porque será?
I want you to take over control.
Plug it in and turn me on.
Ahahahahah!
I want you to take over control.
Plug it in and turn me on.
Ahahahahah!
Ó mái góde!
São precisamente uma e cinco da manhã, e eu estou com taquicardia.
Odeus-grego professor meteu paleio comigo.
'Tá bem que o assunto foi profissional: ronhónhó, como estão a correr os treinos?, ronhónhó.
Mandei uma boca e arrependi-me no segundo a seguir. Amanhã vou correr na passadeira, com um saco enfiado na cabeça.
Nunca mais falo mal do Facebook!
O
'Tá bem que o assunto foi profissional: ronhónhó, como estão a correr os treinos?, ronhónhó.
Mandei uma boca e arrependi-me no segundo a seguir. Amanhã vou correr na passadeira, com um saco enfiado na cabeça.
Nunca mais falo mal do Facebook!
domingo, 16 de outubro de 2011
Ok, homens, preciso da vossa ajuda...
Vocês são uma espécie estranha.
Não faço a mínima ideia como vos abordar.
Apetece-me mergulhar de cabeça. Pôr as cartas na mesa. Ser honesta. Dizer o que me apetece, como faço sempre. Mas isso assusta-vos um bocadinho, não é?
E depois corro o risco de levar um não. Ou de ser ignorada. E ficar com cara de tacho.
Também posso ficar à espera. Mas nunca fui gaja dessas coisas.
Ó mundo cruel!
Não faço a mínima ideia como vos abordar.
Apetece-me mergulhar de cabeça. Pôr as cartas na mesa. Ser honesta. Dizer o que me apetece, como faço sempre. Mas isso assusta-vos um bocadinho, não é?
E depois corro o risco de levar um não. Ou de ser ignorada. E ficar com cara de tacho.
Também posso ficar à espera. Mas nunca fui gaja dessas coisas.
Ó mundo cruel!
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
As Palavras que Nunca te Direi
Ó P., convida-me para jantar fora, que eu para o mês que vem já não estou cá, e não sei quando te volto a ver.
Sou mesmo român... parva.
Ahahahah!
Sou mesmo român... parva.
Ahahahah!
Monserrate
No outro dia, fui àquela que foi a minha escola secundária.
Para chegar à conclusão que, afinal, eu não andei ali.
A escola onde eu andei era velha. Tinha espaços abertos.
Cheirava a escola.
A escola onde eu andei já não existe.
Ao invés dela, existe um edifício onde tudo é novo. Da tijoleira do chão à tinta do tecto.
Entrei lá dentro e tentei pensar há cinco anos atrás.
Mas nada é o mesmo. Nem o cheiro. Nem a luz.
O chão que eu pisei foi removido.
As mesas com o meu nome e o do meu namorado da época foram p'ró lixo (?).
As salas que receberam o meu esforço, o meu nervosismo, as minhas lágrimas até, já não são as mesmas.
Nada.
Aquele lugar não me transmite nada.
Mas espero, sinceramente, que o espaço novo vá acumulando as memórias de quem agora passa por lá.
Para chegar à conclusão que, afinal, eu não andei ali.
A escola onde eu andei era velha. Tinha espaços abertos.
Cheirava a escola.
A escola onde eu andei já não existe.
Ao invés dela, existe um edifício onde tudo é novo. Da tijoleira do chão à tinta do tecto.
Entrei lá dentro e tentei pensar há cinco anos atrás.
Mas nada é o mesmo. Nem o cheiro. Nem a luz.
O chão que eu pisei foi removido.
As mesas com o meu nome e o do meu namorado da época foram p'ró lixo (?).
As salas que receberam o meu esforço, o meu nervosismo, as minhas lágrimas até, já não são as mesmas.
Nada.
Aquele lugar não me transmite nada.
Mas espero, sinceramente, que o espaço novo vá acumulando as memórias de quem agora passa por lá.
Pch, cala-te!
Na aula de RPM, há dois dias.
- Se vêm às aulas regularmente é melhor investirem nuns calções almofadados, mais justinhos. Há umas promoções na recepção.
Na Recepção, hoje.
- Olá. Tem calções almofadados?
- Sim. Temos em preto e em branco.
- Em branco não, que o meu rabo vai parecer a Lua. Mostre-me os que tem em preto, por favor.
Mostra-me uns calções justos, acima do joelho.
- E calças não tem? É que eu de perna à mostra... Não vai ser uma visão agradável.
E como não havia, vim para casa sem nada.
Sem nada não.
Com dois orgasmos.
Um conseguido a levantar pesos. E o outro com step.
Maldita boca que me leva direitinha ao Inferno.
- Se vêm às aulas regularmente é melhor investirem nuns calções almofadados, mais justinhos. Há umas promoções na recepção.
Na Recepção, hoje.
- Olá. Tem calções almofadados?
- Sim. Temos em preto e em branco.
- Em branco não, que o meu rabo vai parecer a Lua. Mostre-me os que tem em preto, por favor.
Mostra-me uns calções justos, acima do joelho.
- E calças não tem? É que eu de perna à mostra... Não vai ser uma visão agradável.
E como não havia, vim para casa sem nada.
Sem nada não.
Com dois orgasmos.
Um conseguido a levantar pesos. E o outro com step.
Maldita boca que me leva direitinha ao Inferno.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Querido Pai Natal,
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Eu adoro fazer cenas. A saga continua...
Na aula de Pilates.
O professor corrige-me. Toca no fundo da minhapança barriga.
- Umbigo colado às costas. Isto não sobe. Não mexe.
- Mas isso é um pneu que sobe quando eu respiro.
Na aula experimental de alongamentos. Em posição sentada.
- Vamos pôr as bolas de ténis entre os glúteos e as coxas e fazê-las rodar debaixo de nós, com o balanço do nosso tronco.
- Não tem aí umas bolas de basquete? É que o meu rabo cobre as bolinhas todas e eu não sinto nada.
O que eu queria era participar no Peso Pesado 3. 'Tá bem que não tenho cem quilos. Mas gostava de ter aquela treinadora morenaça a gritar-me e a fazer-me suar.
O professor corrige-me. Toca no fundo da minha
- Umbigo colado às costas. Isto não sobe. Não mexe.
- Mas isso é um pneu que sobe quando eu respiro.
Na aula experimental de alongamentos. Em posição sentada.
- Vamos pôr as bolas de ténis entre os glúteos e as coxas e fazê-las rodar debaixo de nós, com o balanço do nosso tronco.
- Não tem aí umas bolas de basquete? É que o meu rabo cobre as bolinhas todas e eu não sinto nada.
O que eu queria era participar no Peso Pesado 3. 'Tá bem que não tenho cem quilos. Mas gostava de ter aquela treinadora morenaça a gritar-me e a fazer-me suar.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Fosca-se!
A relação entre calorias-ingeridas e calorias-gastas é tão, mas tão injusta.
Não acreditam?
Ora vejamos.
Lá no ginásio há uma aula de RPM.
Não me perguntem o significado da sigla, que eu não faço ideia.
Mas ouvi dizer que aquilo era com bicicletas, super puxado e queimava muitas calorias.
Aqui a atleta decidiu experimentar.
Ó mái góde.
Não vou tecer comentários relativamente à poça de suor à minha volta. À dor de rabo causada pelo selim duro. E à minha cara de mulher em trabalho de parto.
Vou comentar aquilo que na minha opinião é um absurdo.
E dizem vocês: quinhentas calorias é bom...
Ao que eu respondo: quinhentas calorias equivalem a 4 bolachinhas destas.
Não acreditam?
Ora vejamos.
Lá no ginásio há uma aula de RPM.
Não me perguntem o significado da sigla, que eu não faço ideia.
Mas ouvi dizer que aquilo era com bicicletas, super puxado e queimava muitas calorias.
Aqui a atleta decidiu experimentar.
Ó mái góde.
Não vou tecer comentários relativamente à poça de suor à minha volta. À dor de rabo causada pelo selim duro. E à minha cara de mulher em trabalho de parto.
Vou comentar aquilo que na minha opinião é um absurdo.
(Só) Quinhantas calorias por 55 minutos de sofrimento.
E dizem vocês: quinhentas calorias é bom...
Ao que eu respondo: quinhentas calorias equivalem a 4 bolachinhas destas.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Eu adoro fazer cenas
E como tal, inscrevi-me num ginásio.
Odeus-grego professor que me fez a avaliação física e o plano de treino, coitado!
Tentou abordar a parte da alimentação saudável e eu desatei a chorar feita bebé.
A esta altura já não deve pensar que eu sou tolinha.
Deve ter a certeza.
Hoje ofereceu-me um treino assistido.
E, mais uma vez, coitadinho...
Cena 1.
- Ó Rita, contrai os glúteos. Contrai! Contrai!
- Eu estou a contrair. Tu é que não consegues ver, com a banha.
- Vejo sim. Olha como eu faço.
Exemplifica o exercício. O problema é que aquela contracção de glúteos só me fez pensar em ordinarices e eu desconcentrei-me.
Cena 2.
- Então, essas coxas?
- Estão a arder!
Lindo de se ver; eu sem fôlego, agachada e sem conseguir andar.
Cena 3.
Eu a fazer os abdominais mais dolorosos de sempre.
- Então, de 0 a 10, em quanto estás?*
A única resposta que obteve a esta pergunta foi o barulho das gotas de suor a cairem no chão.
Cena 4.
Vou começar outra sequência de abdominais.
- Se me perguntas aquela cena de 0 a 10 outra vez, sou capaz de te agredir.
- 'Tá bem, 'tá bem. Eu 'tou calado.
Cena 5.
- E este pack de sessões com personal trainer custa 400 euros.
- Foda-se!
Enfim.
Eu sofro de síndrome de la Tourette e, volta e meia, não consigo reprimir o que me passa pela cabeça. Tenho de vocalizar tudo.
- Rita, gostei muito de treinar contigo. Blábláblá.
- Pois, pois. Estás-me a dar graxa para ganhares os 400 euros.
- Ó pá. Tu és sincera e eu gosto mesmo disso em ti... Como é que te sentes?
- Muito bem.
Sabem um orgasmo?
Pronto. Eu tive um a fazer step e abdominais.
Se alguém lá do ginásio descobre este blog, suicido-me na piscina do clube.
*Escala de percepção de esforço, ou lá que é. Uma coisa muito parecida com a nossa escala numérica da dor. Mas em vez de dor é esforço durante o exercício físico.
O
Tentou abordar a parte da alimentação saudável e eu desatei a chorar feita bebé.
A esta altura já não deve pensar que eu sou tolinha.
Deve ter a certeza.
Hoje ofereceu-me um treino assistido.
E, mais uma vez, coitadinho...
Cena 1.
- Ó Rita, contrai os glúteos. Contrai! Contrai!
- Eu estou a contrair. Tu é que não consegues ver, com a banha.
- Vejo sim. Olha como eu faço.
Exemplifica o exercício. O problema é que aquela contracção de glúteos só me fez pensar em ordinarices e eu desconcentrei-me.
Cena 2.
- Então, essas coxas?
- Estão a arder!
Lindo de se ver; eu sem fôlego, agachada e sem conseguir andar.
Cena 3.
Eu a fazer os abdominais mais dolorosos de sempre.
- Então, de 0 a 10, em quanto estás?*
A única resposta que obteve a esta pergunta foi o barulho das gotas de suor a cairem no chão.
Cena 4.
Vou começar outra sequência de abdominais.
- Se me perguntas aquela cena de 0 a 10 outra vez, sou capaz de te agredir.
- 'Tá bem, 'tá bem. Eu 'tou calado.
Cena 5.
- E este pack de sessões com personal trainer custa 400 euros.
- Foda-se!
Enfim.
Eu sofro de síndrome de la Tourette e, volta e meia, não consigo reprimir o que me passa pela cabeça. Tenho de vocalizar tudo.
- Rita, gostei muito de treinar contigo. Blábláblá.
- Pois, pois. Estás-me a dar graxa para ganhares os 400 euros.
- Ó pá. Tu és sincera e eu gosto mesmo disso em ti... Como é que te sentes?
- Muito bem.
Sabem um orgasmo?
Pronto. Eu tive um a fazer step e abdominais.
Se alguém lá do ginásio descobre este blog, suicido-me na piscina do clube.
*Escala de percepção de esforço, ou lá que é. Uma coisa muito parecida com a nossa escala numérica da dor. Mas em vez de dor é esforço durante o exercício físico.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Nem sei que lhe chame... Fetiche?
Há quem vá para a casa de banho tirar fotos provocantes.
Longe da vista dos pais. Tiram fotos aos abdominais ou ao último soutien que compraram.
Depois vamos ao Facebook e temos de gramar com gente sexy. Com um bidé por trás.
Lindo, não é?
Eu gosto é de pés.
Não que ache os meus bonitos.
Aliás. Não sei se odeie mais o meu rabo com celulite ou os meus dedinhos-anões-sempre-com-as-unhas-mindinhas-partidas.
Mas não é raro ver-me de câmara apontada para o chão.
A tentar guardar tudo o que é lugar que eles pisam.
Aqui, os meus pés imundos de terra e cinzas. Nas montanhas de Paredes de Coura.
Muito mais giro do que o meu decote com uns azulejos brancos da casa de banho lá atrás.
:)
Longe da vista dos pais. Tiram fotos aos abdominais ou ao último soutien que compraram.
Depois vamos ao Facebook e temos de gramar com gente sexy. Com um bidé por trás.
Lindo, não é?
Eu gosto é de pés.
Não que ache os meus bonitos.
Aliás. Não sei se odeie mais o meu rabo com celulite ou os meus dedinhos-anões-sempre-com-as-unhas-mindinhas-partidas.
Mas não é raro ver-me de câmara apontada para o chão.
A tentar guardar tudo o que é lugar que eles pisam.
Aqui, os meus pés imundos de terra e cinzas. Nas montanhas de Paredes de Coura.
Muito mais giro do que o meu decote com uns azulejos brancos da casa de banho lá atrás.
:)
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Ó mundo cruel
Estou eu a limpar o meu carro às oito horas da noite.
De rabo para o ar, a aspirar debaixo do assento do condutor e a cantar a música mais reles de sempre.
I-I-love-you-like-a-love-song-baby...
O meu vizinho aparece, acompanhado de outro velho.
- Hey Rita.
Tive um AIT com o susto. Depois tentei compor-me. Pôr o rabo e o decote em posições menos ordinárias.
- Rita, posso deixar aqui o meu para tu lavares?
Respondi com o sorriso mais amarelo que se pode imaginar. Mas valeu-me serem oito e picos e estar a ficar escuro.
De rabo para o ar, a aspirar debaixo do assento do condutor e a cantar a música mais reles de sempre.
I-I-love-you-like-a-love-song-baby...
O meu vizinho aparece, acompanhado de outro velho.
- Hey Rita.
Tive um AIT com o susto. Depois tentei compor-me. Pôr o rabo e o decote em posições menos ordinárias.
- Rita, posso deixar aqui o meu para tu lavares?
Respondi com o sorriso mais amarelo que se pode imaginar. Mas valeu-me serem oito e picos e estar a ficar escuro.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Cidade dos Anjos
É daqueles filmes que eu não vejo até ao fim.
Só assisto até à parte em que o Seth deixa de ser anjo. Ele e a Doutora fazem amor noite dentro e, de manhã, acordam e são o casal mais feliz do mundo.
Depois desligo. Este é o meu final feliz.
Sabem a praia onde os Anjos ouvem música e recebem luz?
É em Afife.
Mas em vez de anjos são gaivotas.
O que não deixa de ser lindo à mesma.
Só assisto até à parte em que o Seth deixa de ser anjo. Ele e a Doutora fazem amor noite dentro e, de manhã, acordam e são o casal mais feliz do mundo.
Depois desligo. Este é o meu final feliz.
Sabem a praia onde os Anjos ouvem música e recebem luz?
É em Afife.
Mas em vez de anjos são gaivotas.
O que não deixa de ser lindo à mesma.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Change
Há coisa de uma semana, sonhei com uma libelinha.
E ontem tive uma a voar à minha beira.
The dragonfly, in almost every part of the world symbolizes change and change in the perspective of self realization; and the kind of change that has its source in mental and emotional maturity and the understanding of the deeper meaning of life.
E ontem tive uma a voar à minha beira.
The dragonfly, in almost every part of the world symbolizes change and change in the perspective of self realization; and the kind of change that has its source in mental and emotional maturity and the understanding of the deeper meaning of life.
Ontem à noite
Na praia de Moledo.
O ceú todo estrelado.
Na minha cabeça, pedi a Deus para me enviar um sinal.
Que isto não é tudo loucura. Que eu não me vou arrepender amargamente. Que estou no caminho certo. Dá-me um sinal Deus...
Ele mandou-me uma estrela cadente.
E eu até chorei.
O ceú todo estrelado.
Na minha cabeça, pedi a Deus para me enviar um sinal.
Que isto não é tudo loucura. Que eu não me vou arrepender amargamente. Que estou no caminho certo. Dá-me um sinal Deus...
Ele mandou-me uma estrela cadente.
E eu até chorei.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Fazer as pazes
Desde que fui assaltada, comporto-me como se tivesse uma banda gástrica.
Como não por compulsão. Como quando tenho fome.
Estou a ler este livro e é como ver-me ao espelho.
Durante os meus vinte e três anos, com dietas e compulsão alimentar ganhei e perdi um total de setenta e cinco quilos.
Isto é mais do que eu alguma vez pesei.
No outro dia descobri que tenho estrias muito clarinhas nas maminhas.
Não senti raiva nem fui a correr comprar creme para disfarçar.
Tive pena do meu corpo.
Porque é sempre ele que paga, quando a minha cabeça não tem juízo.
Hoje, dei-me mimo.
Levei-me à praia. Deixei-me apanhar sol.
Respirei fundo o cheiro a algas.
Para a próxima mergulho no mar granizado do nuórte, caragu!
Como não por compulsão. Como quando tenho fome.
Estou a ler este livro e é como ver-me ao espelho.
Durante os meus vinte e três anos, com dietas e compulsão alimentar ganhei e perdi um total de setenta e cinco quilos.
Isto é mais do que eu alguma vez pesei.
No outro dia descobri que tenho estrias muito clarinhas nas maminhas.
Não senti raiva nem fui a correr comprar creme para disfarçar.
Tive pena do meu corpo.
Porque é sempre ele que paga, quando a minha cabeça não tem juízo.
Hoje, dei-me mimo.
Levei-me à praia. Deixei-me apanhar sol.
Andei de pés descalços na areia.
Autorizei as minhas pernas e pés a tocar água salgada e cheia de iodo.Respirei fundo o cheiro a algas.
Para a próxima mergulho no mar granizado do nuórte, caragu!
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
terça-feira, 13 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Coisas encantadoras das novelas brasileiras
Depois de fazerem amor, as actrizes continuam com cabelo e maquilhagem impéc!
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Este livro
Está longe de ser o tipo de livro que o meu professor de Sociologia recomendaria.
O assunto é demasiado trivial. As palavras saem do coração e não da cabeça. Frases pouco rebuscadas que se entendem à primeira.
Este livro não é um fenómeno literário mas faz-nos pensar um bocadinho.
Em como a aparência nos molda.
Em como lutamos e sofremos por ela.
E em como ela não é tudo, no fim de contas.
Se eu visse a minha cara desfigurada por ácido sulfúrico, custa-me a acreditar que tivesse coragem de sair de casa e enfrentar o mundo.
Eu que nem tenho coragem de dançar com este excesso de peso...
Há pessoas mesmo especiais.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Eu que nem gosto de Beyoncés
Dispenso mulheres com muita carne. E curvas e não sei quê.
Mas esta senhora, dos 2:58 para a frente, dá-me um calor...
Portugal é II
Em Inglaterra eu posso ir a qualquer café ou restaurante sem medo.
Sei que não vou passar fome.
Sei que vou encontrar hamburguer vegetariano no menu. Ou salsicha vegetariana. Ou qualquer coisa parecida com carne, mas feita com soja e afins.
O waiting staff não vai ficar atrapalhado quando eu disser que não como carne nem peixe.
Nem sugerir um pratinho de alface, com tomate e cebola às rodelas.
Em Portugal, soja ainda é uma palavra desconhecida em muitos sítios.
Não há muitas alternativas.
A sopa de legumes vem com caldo Knorr de carne. O arroz também.
E eu não sou extremista nem nada.
No outro dia fui ao São João d'Arga. Pedi um cachorro sem salsicha e em resposta ouvi isto.
- Cachorro sem salsicha? Fuodaaa-se!?
Fofinho, não é?
Ahahaha.
Sei que não vou passar fome.
Sei que vou encontrar hamburguer vegetariano no menu. Ou salsicha vegetariana. Ou qualquer coisa parecida com carne, mas feita com soja e afins.
O waiting staff não vai ficar atrapalhado quando eu disser que não como carne nem peixe.
Nem sugerir um pratinho de alface, com tomate e cebola às rodelas.
Em Portugal, soja ainda é uma palavra desconhecida em muitos sítios.
Não há muitas alternativas.
A sopa de legumes vem com caldo Knorr de carne. O arroz também.
E eu não sou extremista nem nada.
No outro dia fui ao São João d'Arga. Pedi um cachorro sem salsicha e em resposta ouvi isto.
- Cachorro sem salsicha? Fuodaaa-se!?
Fofinho, não é?
Ahahaha.
domingo, 4 de setembro de 2011
Grito
A minha tia disse-me que quando morrer, quer a música "Grito" da Amália Rodrigues a tocar no funeral.
E lá me deixou ouvir...
Arrepiei-me logo.
Depois fui pesquisar a letra e descobri que a música fala de mim.
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco.
Do que já fui tenho sede
Sou sombra triste
Encostada a uma parede.
Não me lembro a quem já disse... Sinto o corpo mais velho do que a minha idade.
E a ideia de um dia perder a minha tia. Dói demais sem ainda ter acontecido.
E lá me deixou ouvir...
Arrepiei-me logo.
Depois fui pesquisar a letra e descobri que a música fala de mim.
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco.
Do que já fui tenho sede
Sou sombra triste
Encostada a uma parede.
Não me lembro a quem já disse... Sinto o corpo mais velho do que a minha idade.
E a ideia de um dia perder a minha tia. Dói demais sem ainda ter acontecido.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Fim de tarde
Fui dançar. A t-shirt cheira a azedo da quantidade absurda de suor.
Devia estar feliz, mas eu tenho é um doutoramento em nostalgia.
Encostei o Alonso contra mim. Senti-lhe os ossos. E chorei como uma bebé.
Devia estar feliz, mas eu tenho é um doutoramento em nostalgia.
Encostei o Alonso contra mim. Senti-lhe os ossos. E chorei como uma bebé.
domingo, 28 de agosto de 2011
Tu e eu começámos a trabalhar juntas.
E tu sabes que gostei logo de ti.
Ontem, às três e meia da manhã, quando tu eras incomodada por um rato e eu por pensamentos tristes, e o Facebook nos mantinha unidas apesar da distância, tive vontade de te dar um abraço.
Vontade de te proteger e de te dar força. Vontade de estar pertinho de uma pessoa tão boa.
S., dá-te ao luxo de ser feliz.
E se me sair o euromilhões torna-se público e oficial, um milhão é para ti.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Qual é a probabilidade
De no dia anterior ao da mudança, ser-se assaltada em frente à porta da casa nova?
Uma em um milhão, p'raí.
Eu sou a (in)feliz contemplada.
Foi à luz do dia. A minha memória é tão boa, mas eu nem consigo lembrar-me das feições de nenhum dos três rapazes. Nem do que traziam vestido.
Um deles bateu-me. Que raio de pessoa bate a uma mulher? Que nem lhe oferece resistência e lhe diz para levar o que quiser. Tenho um galo no sobrolho. Mas a ferida maior é o medo.
Um medo tão grande que me fez vomitar.
E que não me deixará dormir a noite toda, de certeza.
Uma em um milhão, p'raí.
Eu sou a (in)feliz contemplada.
Foi à luz do dia. A minha memória é tão boa, mas eu nem consigo lembrar-me das feições de nenhum dos três rapazes. Nem do que traziam vestido.
Um deles bateu-me. Que raio de pessoa bate a uma mulher? Que nem lhe oferece resistência e lhe diz para levar o que quiser. Tenho um galo no sobrolho. Mas a ferida maior é o medo.
Um medo tão grande que me fez vomitar.
E que não me deixará dormir a noite toda, de certeza.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
E vou...
A Caminha tomar café e comer tostas de queijo.
Ouvir Oceano Pacífico no meu carro e chorar com as músicas românticas.
Vou mergulhar no mar bravo de Afife.
Vou a sardinhadas; onde vou ser a única a comer vegetariano.
Vou subir Santa Luzia à noite.
Vou comer gelados com a C. até ficar com diabetes.
Vou beber (leia-se embebedar-me com) caipirinhas da S..
Vou ao cemitério, falar com a minha avó.
Vou ler livros de enfermagem de manhãzinha, na Praia Norte.
Vou comprar fruta ao Continente.
Vou ao médico chinês. E ele vai tirar todos os nós do meu pescoço.
E vou ficar em casa ao Sábado de manhã, a ver televisão.
É mesmo muito fácil fazer-me feliz...
Ouvir Oceano Pacífico no meu carro e chorar com as músicas românticas.
Vou mergulhar no mar bravo de Afife.
Vou a sardinhadas; onde vou ser a única a comer vegetariano.
Vou subir Santa Luzia à noite.
Vou comer gelados com a C. até ficar com diabetes.
Vou beber (leia-se embebedar-me com) caipirinhas da S..
Vou ao cemitério, falar com a minha avó.
Vou ler livros de enfermagem de manhãzinha, na Praia Norte.
Vou comprar fruta ao Continente.
Vou ao médico chinês. E ele vai tirar todos os nós do meu pescoço.
E vou ficar em casa ao Sábado de manhã, a ver televisão.
É mesmo muito fácil fazer-me feliz...
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Ora, é o seguinte
Dez meses em Inglaterra e o Youtube tornou-se o meu melhor amigo.
No outro dia reencontrei isto
Eu sei perfeitamente que sou desiquilibrada.
Mas não me sabia capaz de chorar e rir ao mesmo tempo.
Sóbria (bêbada, quem não consegue...?). E ainda por cima a ver isto.
Atenção que chorar e rir ao mesmo tempo é diferente de chorar a rir.
Eu comecei-me a rir do vídeo e acabei a chorar de saudade.
Porque este é um retrato tão bem feito da gente de onde eu venho :)
No outro dia reencontrei isto
Eu sei perfeitamente que sou desiquilibrada.
Mas não me sabia capaz de chorar e rir ao mesmo tempo.
Sóbria (bêbada, quem não consegue...?). E ainda por cima a ver isto.
Atenção que chorar e rir ao mesmo tempo é diferente de chorar a rir.
Eu comecei-me a rir do vídeo e acabei a chorar de saudade.
Porque este é um retrato tão bem feito da gente de onde eu venho :)
Eu pego nas palavras do Ricardo
E também digo: ó pá, não me chateiem.
Se há coisa que eu não su-por-to é pessoas que só falam de espiritualidade.
Pessoas que perderam a capacidade de ter uma conversa amena. Tudo tem de ser analisado e reflectido à luz de uma teoriazinha.
O quê? Comes meio litro de gelado? Ai isso é, evidentemente, não sei-quê-complexos-de-culpa.
Vens a Portugal? Eu acho isso tem a ver com a tua missão...
Estás a dizer que os homens te metem nojo? De certeza que isso é resultado de uma relação disfuncional com o teu pai, na infância.
Ó pá, pel'amor de Deus.
Eu como gelado porque é bom. Vou a Portugal ver um bocadinho de Sol, que cá está em vias de extinção. E os homens - a maior parte deles - pensa com a cabeça de baixo e sim, metem-me nojo, especialmente nús; e o meu pai foi o melhor de todos quando eu era pequena.
Eu acredito em energia. Acredito em vidas passadas. Em karma.
Acredito que muitas das nossas doenças são causadas por estados emocionais e por padrões de pensamento. Acredito na lei d'atracção.
Passo a vida a falar nisto? Não.
Nem ando sempre a impôr estas merdas aos outros.
Porque eu até posso estar errada e o céu e o inferno existirem mesmo.
E diz-me a experiência, que quem mais fala destas coisas, menos pratica. Tipo, pessoas que só comem saudável(porque o organismo tem de ser purificado e ronhónhó) e continuam gordas; é que à nossa frente comem alface, mas em casa têm bolachas debaixo da cama.
Falar é fácil... Sempre foi.
Por isso, deixem-me.
Obrigadas.
Convite
Convida-se toda-e-qualquer-pessoa-interessada a levar-me a festas, romarias, arraiais e-tudo-e-tudo de 26 de Agosto a meados de Setembro.
Obrigada.
:)
Obrigada.
:)
domingo, 14 de agosto de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
As últimas doze horas
Um turno da noite.
Custa-me pensar que nunca mais irei ver os meus doentes.
Que não estarei presente quando eles morrerem.
Uma altura tentei convencer o T. a tomar medicação.
Agarrou-me pelos colarinhos e mandou-me contra a parede. Bateu-me e por sorte não partiu o copo que eu trazia na mão.
Hoje o T. deu-me um abraço e eu tive de morder o lábio para não chorar.
O P. diz que a vida dele não vai ser a mesma, agora que eu me vou embora.
- Rita, I love you. I can't help it.
Podia ter-lhe dado um abraço também.
Mas estes dez meses de experiência ensinaram-me a manter a distância. A não ser que quisesse acabar com as mãos dele pousadas no meu rabo ou nas maminhas.
Estive no paleio com a W.. Sobre os sofás do IKEA, sobre gajos bons, e sobre gajos bons aprisionados entre uma de nós e um sofá do IKEA. Tudo conversas muito relevantes. E a ronda da medicação atradasa quase meia hora.
A S., era uma e meia da manhã, e ainda lutava contra o edredon (sim, leram bem - edredon; aqui o Verão é só imaginário).
Em vez de Temazepam, fui para a beira dela. Fiz-lhe festinhas no cabelo e na testa até ouvi-la a respirar fundo.
Li hoje no Facebook que aos olhos de não-sei-quanto-por-cento da população masculina, a mulher pefeita é morena, curvilínea e enfermeira.
Assim sendo...
Ahahahah!
Custa-me pensar que nunca mais irei ver os meus doentes.
Que não estarei presente quando eles morrerem.
Uma altura tentei convencer o T. a tomar medicação.
Agarrou-me pelos colarinhos e mandou-me contra a parede. Bateu-me e por sorte não partiu o copo que eu trazia na mão.
Hoje o T. deu-me um abraço e eu tive de morder o lábio para não chorar.
O P. diz que a vida dele não vai ser a mesma, agora que eu me vou embora.
- Rita, I love you. I can't help it.
Podia ter-lhe dado um abraço também.
Mas estes dez meses de experiência ensinaram-me a manter a distância. A não ser que quisesse acabar com as mãos dele pousadas no meu rabo ou nas maminhas.
Estive no paleio com a W.. Sobre os sofás do IKEA, sobre gajos bons, e sobre gajos bons aprisionados entre uma de nós e um sofá do IKEA. Tudo conversas muito relevantes. E a ronda da medicação atradasa quase meia hora.
A S., era uma e meia da manhã, e ainda lutava contra o edredon (sim, leram bem - edredon; aqui o Verão é só imaginário).
Em vez de Temazepam, fui para a beira dela. Fiz-lhe festinhas no cabelo e na testa até ouvi-la a respirar fundo.
Li hoje no Facebook que aos olhos de não-sei-quanto-por-cento da população masculina, a mulher pefeita é morena, curvilínea e enfermeira.
Assim sendo...
Ahahahah!
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Saudade
É a minha palavra.
Imagino o céu de Viana no mês de Agosto. O calor. As cores.
As ruas cheias de gente. Os franceses. Os emigrantes.
Os cheiros. Pipocas, algodão doce, churros.
O mar e as manhãs da praia Norte. Aquela luz.
O português que troca os b's pelos v's.
Os adolescentes na Praça da República.
O Setembro à porta.
E tudo, e tudo.
É pecado querer trocar um trabalho novo por isto tudo?
Imagino o céu de Viana no mês de Agosto. O calor. As cores.
As ruas cheias de gente. Os franceses. Os emigrantes.
Os cheiros. Pipocas, algodão doce, churros.
O mar e as manhãs da praia Norte. Aquela luz.
O português que troca os b's pelos v's.
Os adolescentes na Praça da República.
O Setembro à porta.
E tudo, e tudo.
É pecado querer trocar um trabalho novo por isto tudo?
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Toledo
Depois de dez meses em Inglaterra, e apesar de estar prestes-prestes a começar um trabalho novo, só quero ir embora.
domingo, 7 de agosto de 2011
Mudanças
2. A minha nova casa fica situada num gueto. Eu sou a única branca.
Um T0 minúsculo. Que ainda assim custa 570 libras.
Um T0 minúsculo. Que ainda assim custa 570 libras.
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Quem tem amigos tem tudo!
Depois do pior fim-de-semana de trabalho que se possa imaginar, eu, a H. e o P. decidimos comemorar isso mesmo. O-pior-fim-de-semana-de-trabalho-ever!
Eu sou barata.
Dois copinhos e já estou a cantar.
A H. bebeu duas garrafas de Smirnoff Ice. E meia de Baileys.
Ela falava de coisas importantes. Eu só me ria.
Ela dizia-me ó-rita-eu-tenho-plena-consciência-do-que-estou-a-dizer.
Bebeu um copo de água entretanto.
Teve soluços.
Foi-se deitar e vomitou.
- Então, 'tás melhor?
- Ó pá, foi aquele copo de água que me caiu mal.
H., se leres isto, ficas a saber que há noites em que vou para a cama e me rio sozinha às tuas custas.
Eu sou barata.
Dois copinhos e já estou a cantar.
A H. bebeu duas garrafas de Smirnoff Ice. E meia de Baileys.
Ela falava de coisas importantes. Eu só me ria.
Ela dizia-me ó-rita-eu-tenho-plena-consciência-do-que-estou-a-dizer.
Bebeu um copo de água entretanto.
Teve soluços.
Foi-se deitar e vomitou.
- Então, 'tás melhor?
- Ó pá, foi aquele copo de água que me caiu mal.
H., se leres isto, ficas a saber que há noites em que vou para a cama e me rio sozinha às tuas custas.
sábado, 30 de julho de 2011
Aqui a parola foi a Londres
Para uma entrevista de emprego.
Num grande hospital.
Numa unidade de agudos.
Dez mulheres numa sala de espera. Cada uma com o seu tique nervoso.
Uma de perna cruzada, a dar ao pé.
Outra a mexer no cabelo.
Uma a massacrar a cara.
Eu a roer o lábio.
Hoje de manhã ligaram-me.
Ao que parece causei boa impressão.
Apesar de ter ficado muda quando me pediram para descrever o electrocardiograma de um doente com enfarte agudo do miocárdio.
Num grande hospital.
Numa unidade de agudos.
Dez mulheres numa sala de espera. Cada uma com o seu tique nervoso.
Uma de perna cruzada, a dar ao pé.
Outra a mexer no cabelo.
Uma a massacrar a cara.
Eu a roer o lábio.
Hoje de manhã ligaram-me.
Ao que parece causei boa impressão.
Apesar de ter ficado muda quando me pediram para descrever o electrocardiograma de um doente com enfarte agudo do miocárdio.
sábado, 23 de julho de 2011
Todos nós temos segredos
No outro dia, a E. estava sentada na casa de banho.
Eu a mudar as roupas da cama.
Ela ia-me gritando perguntas. Eu ia respondendo.
Filha única.
Pais em Portugal.
Sem filhos. Sem marido.
A hora era morta e ficamos a falar dos amores da nossa vida.
A E. amou o marido da irmã. Tanto, tanto, tanto...
Tanto que ainda hoje pensa nele e sorri. Mas de olhos tristes.
A E. casou com outro homem, que segundo ela, deu um bom marido e um bom pai.
Eu pergunto-me como é possível.
Como é possível dormir ao lado de uma pessoa e sonhar com outra? Ser tocada? Ter intimidade? Ter filhos?
Os filmes são sempre inspirados em histórias reais, não é?
Eu a mudar as roupas da cama.
Ela ia-me gritando perguntas. Eu ia respondendo.
Filha única.
Pais em Portugal.
Sem filhos. Sem marido.
A hora era morta e ficamos a falar dos amores da nossa vida.
A E. amou o marido da irmã. Tanto, tanto, tanto...
Tanto que ainda hoje pensa nele e sorri. Mas de olhos tristes.
A E. casou com outro homem, que segundo ela, deu um bom marido e um bom pai.
Eu pergunto-me como é possível.
Como é possível dormir ao lado de uma pessoa e sonhar com outra? Ser tocada? Ter intimidade? Ter filhos?
Os filmes são sempre inspirados em histórias reais, não é?
terça-feira, 19 de julho de 2011
A vida dos outros dava um filme!
A C. é uma velhinha amorosa. Os familiares acham-na excêntrica e têm vergonha dela.
Nem lá põem os pés.
A C. era bruxa. Fazia mezinhas e feitiços com ervas e mais não sei quê.
Tem as sobrancelhas tatuadas. Outra tatuagem no pulso direito. E não me interessa que ela tenha noventa e tal anos. Eu acho o máximo!
Fala sozinha e trata a boneca como um bebé a sério. Atira-me beijos e pisca-me o olho.
A C. vivia numa casa velha e dava de comer aos ratos do jardim.
Toda a gente tem medo dela. Eu trazia-a cá para casa, se pudesse.
Nem lá põem os pés.
A C. era bruxa. Fazia mezinhas e feitiços com ervas e mais não sei quê.
Tem as sobrancelhas tatuadas. Outra tatuagem no pulso direito. E não me interessa que ela tenha noventa e tal anos. Eu acho o máximo!
Fala sozinha e trata a boneca como um bebé a sério. Atira-me beijos e pisca-me o olho.
A C. vivia numa casa velha e dava de comer aos ratos do jardim.
Toda a gente tem medo dela. Eu trazia-a cá para casa, se pudesse.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Quatro dias
domingo, 17 de julho de 2011
Dinheiro
terça-feira, 5 de julho de 2011
Se tiverem oportunidade
Começar bem o dia em London-city
Ir ao MSN e - pela primeira vez na vida - ouvir a minha mãe a chamar-me filhota.
Eu nem sou mimada. Mas gostei disto cumó caraças.
A última vez que estive de férias em Londres tinha quê? Dezanove anos?
Quatro anos passaram-se entretanto. Quatro anos que mais parecem vinte.
Na altura tinha o meu querido G. a fazer de GPS.
Eu não tinha de me preocupar com nada.
Nem com o meu fraco inglês. Nem com a confusão que é o underground. Nem com o dinheiro, que era dos meus pais.
Quatro (vinte!) anos depois.
Eu percebo e falo inglês fluentemente.
Acho o metro caótico mas desenrasco-me sozinha.
Gasto dinheiro meu.
Estou velha.
E o tempo continua a voar...
Eu nem sou mimada. Mas gostei disto cumó caraças.
A última vez que estive de férias em Londres tinha quê? Dezanove anos?
Quatro anos passaram-se entretanto. Quatro anos que mais parecem vinte.
Na altura tinha o meu querido G. a fazer de GPS.
Eu não tinha de me preocupar com nada.
Nem com o meu fraco inglês. Nem com a confusão que é o underground. Nem com o dinheiro, que era dos meus pais.
Quatro (vinte!) anos depois.
Eu percebo e falo inglês fluentemente.
Acho o metro caótico mas desenrasco-me sozinha.
Gasto dinheiro meu.
Estou velha.
E o tempo continua a voar...
segunda-feira, 4 de julho de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Who's Afraid of Virginia Woolf?
Ó pá.
Três serões; vinte minutos em cada.
Acabo sempre a dormir.
Quem viu até ao fim, ponha o dedo no ar.
Vale a pena?
Três serões; vinte minutos em cada.
Acabo sempre a dormir.
Quem viu até ao fim, ponha o dedo no ar.
Vale a pena?
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Quando escreves uma lista de coisas para fazer
Antes De Morrer...
a) Diagnosticaram-te uma doença terminal?
b) Estás bêbada?
c) Davas-tudo-para-ter-cinco-anos-outra-vez-e-não-saberes-o-que-fazer-à-vida?
a) Diagnosticaram-te uma doença terminal?
b) Estás bêbada?
c) Davas-tudo-para-ter-cinco-anos-outra-vez-e-não-saberes-o-que-fazer-à-vida?
terça-feira, 21 de junho de 2011
No rés-do-chão
Há uma mulher maluca.
Eu tenho paciência inesgotável, mas ela consegue alterar-me.
Vai para o corredor e atira-se para o chão. Não faz isso no quarto, que lá ninguém a vê.
Faz a mesma pergunta dez vezes seguidas e não sofre de Alzheimer.
Mas a melhor foi no outro dia:
- Nurse. Is someone bringing me a cup of tea?
- Of course, A.
- Because I usually drink coffee.
Eu tenho paciência inesgotável, mas ela consegue alterar-me.
Vai para o corredor e atira-se para o chão. Não faz isso no quarto, que lá ninguém a vê.
Faz a mesma pergunta dez vezes seguidas e não sofre de Alzheimer.
Mas a melhor foi no outro dia:
- Nurse. Is someone bringing me a cup of tea?
- Of course, A.
- Because I usually drink coffee.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Estava agora a mandar um e-mail à Carla
Nunca pensei dizer isto.
Mas sinto muitas saudades do sangue latino.
Sim. Saudades do povo que fala alto, é desorganizado. Mal-educado até.
Mas que é simples. É de beijos e abraços.
Os ingleses são um povo esquisito.
E não falo da distância que criam. A isso, habituei-me eu bem, já que tive tratamento de choque na Finlândia.
Os velhos são amorosos. Metem conversa comigo no autocarro e eu adoro.
As pessoas da minha idade querem, desesperadamente, ser cool. E conseguem - para ser sincera.
As pessoas com idades compreendidas entre 40-50 são as mais chatas que se possa imaginar. Adoram reclamar em tudo que é estabelecimento. Sentido de humor zero. Se não puderem falar do tempo, então não têm assunto.
São educadas, sim. Mas não lhes sai do peito.
São educadas porque têm de ser. E eu vejo-as como actores a representar o tempo todo.
Sinto muitas saudades da luz do meu país.
O mar. O Sol a deitar-se nele.
O cheiro.
Meu Deus!
Saudade nem dá para descrever, de tão sentida que é.
Mas sinto muitas saudades do sangue latino.
Sim. Saudades do povo que fala alto, é desorganizado. Mal-educado até.
Mas que é simples. É de beijos e abraços.
Os ingleses são um povo esquisito.
E não falo da distância que criam. A isso, habituei-me eu bem, já que tive tratamento de choque na Finlândia.
Os velhos são amorosos. Metem conversa comigo no autocarro e eu adoro.
As pessoas da minha idade querem, desesperadamente, ser cool. E conseguem - para ser sincera.
As pessoas com idades compreendidas entre 40-50 são as mais chatas que se possa imaginar. Adoram reclamar em tudo que é estabelecimento. Sentido de humor zero. Se não puderem falar do tempo, então não têm assunto.
São educadas, sim. Mas não lhes sai do peito.
São educadas porque têm de ser. E eu vejo-as como actores a representar o tempo todo.
Sinto muitas saudades da luz do meu país.
O mar. O Sol a deitar-se nele.
O cheiro.
Meu Deus!
Saudade nem dá para descrever, de tão sentida que é.
domingo, 19 de junho de 2011
Os ingleses são cócós
Os portugueses fogem ao exame da próstata.
Os ingleses ficam sem cagar um dia e já pedem uma mãozinha.
Esta gente fica aflita com a ideia de ter merda dentro do próprio corpo.
Os ingleses ficam sem cagar um dia e já pedem uma mãozinha.
Esta gente fica aflita com a ideia de ter merda dentro do próprio corpo.
domingo, 12 de junho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
Yo-Yo
Balanço deste ano.
Dez quilos a menos.
Doze quilos a mais.
E sim. Vou falar outra vez de peso, imagem corporal, distúrbios alimentares e por aí a fora neste post.
Eu sei que vocês já não me podem ouvir, sempre a falar do mesmo.
Mas se eu não posso desabafar com o meu blog, há uma grande possibilidade de acabar internada numa instituição psiquiátrica.
Pois bem.
Hoje, quase-quase no fim do turno da noite, fui à sala de despejos e imaginem o que encontrei.
Uma balança.
Fiquei a olhar para ela um minuto. A pensar se tinha coragem de subir para cima dela ou não.
No fim de um turno da noite, as nossas ideias já não são as melhores – quem já fez pode assinar por baixo – e por isso eu subi.
Quando vi a seta quase a roçar um número de dois dígitos começado por sete. Imaginem?
Parti-me a rir.
Isto, à luz da minha psicologia barata, pode ter duas interpretações.
Ou foi um mecanismo altamente protector para não me atirar para o chão em pranto.
Ou então começo a ter – realmente – melhorias.
As minhas brincadeiras com a compulsividade alimentar custaram-me caro.
Não falo do dinheiro investido em comida que acaba num saco em forma de vomitado.
Ou do dinheiro investido em números maiores de roupa.
Digo caro porque tempo é dinheiro. E a recuperação é tão lenta e difícil.
Se ‘tou curada? Ainda não.
Mas já sobrevivo sem remédios.
E as minhas recaídas passaram de várias vezes por dia a uma por semana.
Um dia, eu vou fazer as pazes comigo mesma :)
Dez quilos a menos.
Doze quilos a mais.
E sim. Vou falar outra vez de peso, imagem corporal, distúrbios alimentares e por aí a fora neste post.
Eu sei que vocês já não me podem ouvir, sempre a falar do mesmo.
Mas se eu não posso desabafar com o meu blog, há uma grande possibilidade de acabar internada numa instituição psiquiátrica.
Pois bem.
Hoje, quase-quase no fim do turno da noite, fui à sala de despejos e imaginem o que encontrei.
Uma balança.
Fiquei a olhar para ela um minuto. A pensar se tinha coragem de subir para cima dela ou não.
No fim de um turno da noite, as nossas ideias já não são as melhores – quem já fez pode assinar por baixo – e por isso eu subi.
Quando vi a seta quase a roçar um número de dois dígitos começado por sete. Imaginem?
Parti-me a rir.
Isto, à luz da minha psicologia barata, pode ter duas interpretações.
Ou foi um mecanismo altamente protector para não me atirar para o chão em pranto.
Ou então começo a ter – realmente – melhorias.
As minhas brincadeiras com a compulsividade alimentar custaram-me caro.
Não falo do dinheiro investido em comida que acaba num saco em forma de vomitado.
Ou do dinheiro investido em números maiores de roupa.
Digo caro porque tempo é dinheiro. E a recuperação é tão lenta e difícil.
Se ‘tou curada? Ainda não.
Mas já sobrevivo sem remédios.
E as minhas recaídas passaram de várias vezes por dia a uma por semana.
Um dia, eu vou fazer as pazes comigo mesma :)
quarta-feira, 8 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
"Memories, light the corners of my mind"
Esta frase, na voz da Barbra Streisand, levanta todos os pêlos dos meus braços.
A minha geração gosta é de Twilight, mas toda a gente devia ver o filme The Way We Were.
Que nos faz pensar no amor entre os seres humanos. Que já é complicado o suficiente, sem envolver vampiros e monstros das trevas.
A minha geração gosta é de Twilight, mas toda a gente devia ver o filme The Way We Were.
Que nos faz pensar no amor entre os seres humanos. Que já é complicado o suficiente, sem envolver vampiros e monstros das trevas.
sábado, 4 de junho de 2011
O Hitler ainda vive
Em versão feminina.
Chama-se Lucie. Derivação de Lúcifer, claro está.
É uma doente minha.
E é alemã, como só podia ser.
Chama-se Lucie. Derivação de Lúcifer, claro está.
É uma doente minha.
E é alemã, como só podia ser.
Ser enfermeira não é só saber remédios
Alguns dos meus doentes não se lembram do meu nome. Nem onde estão. Nem o que fizeram há cinco minutos.
Mas adoram esta música e ainda sabem a letra de cor.
O Lorazepam à beira disto é um verdadeiro fiasco.
Mas adoram esta música e ainda sabem a letra de cor.
O Lorazepam à beira disto é um verdadeiro fiasco.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Nunca falei dela no blog. Ou já?
No segundo ano da faculdade, fiz o meu primeiro estágio-assim-a-sério
A enfermeira que me orientou, lembro-me dela até hoje.
Fátima.
Não posso dizer que ela fosse uma criatura amorosa. Não para mim, pelo menos.
Uma altura tive de me trancar na casa-de-banho do serviço para chorar sem ninguém ver.
Bufava quando eu era lenta. Revirava os olhos quando eu não sabia responder. Dava-me na cabeça todo o santo dia.
Mas apesar do mau-feitio, a Fátima foi uma das melhores que eu conheci.
E ainda hoje penso nela. E faço coisas como ela me ensinou. E sou-lhe muito grata por isso.
A enfermeira que me orientou, lembro-me dela até hoje.
Fátima.
Não posso dizer que ela fosse uma criatura amorosa. Não para mim, pelo menos.
Uma altura tive de me trancar na casa-de-banho do serviço para chorar sem ninguém ver.
Bufava quando eu era lenta. Revirava os olhos quando eu não sabia responder. Dava-me na cabeça todo o santo dia.
Mas apesar do mau-feitio, a Fátima foi uma das melhores que eu conheci.
E ainda hoje penso nela. E faço coisas como ela me ensinou. E sou-lhe muito grata por isso.
Lisa
Em Roma, conheci dois marmanjos brasileiros.
Ri ao ponto de quase fazer chichi nas cuecas.
- Você se pareci com a Lisa. Do filmi Girl, Interrupted. Já assistiu?
- Sim. Também acho. Loira e magra.
- Ahahah. Não. Assim, sua atitudji.
- Sociopata?
Atendendo a que foi a primeira vez que estabeleceram uma comparação entre mim e a Angelina Jolie, relevei.
Ahahah.
Ri ao ponto de quase fazer chichi nas cuecas.
- Você se pareci com a Lisa. Do filmi Girl, Interrupted. Já assistiu?
- Sim. Também acho. Loira e magra.
- Ahahah. Não. Assim, sua atitudji.
- Sociopata?
Atendendo a que foi a primeira vez que estabeleceram uma comparação entre mim e a Angelina Jolie, relevei.
Ahahah.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
O que vai na minha cabeça
A K. é uma senior carer que trabalha comigo.
Eu acho-a uma mulher-super-interessante.
Devo ser a única. Já que os meus colegas a odeiam.
E o meu chefe disse-me que nem que ela fosse a última mulher à face da Terra.
Pois bem.
Eu sonhei com ela.
E no meu sonho, a K. tinha um buraco na meia-calça.
Ó meu deuuuus.
Sofia, estou tolinha, não estou?
Eu acho-a uma mulher-super-interessante.
Devo ser a única. Já que os meus colegas a odeiam.
E o meu chefe disse-me que nem que ela fosse a última mulher à face da Terra.
Pois bem.
Eu sonhei com ela.
E no meu sonho, a K. tinha um buraco na meia-calça.
Ó meu deuuuus.
Sofia, estou tolinha, não estou?
domingo, 29 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Roma ou 'a minha vida dava um filme'
Primeiro dia.
Uma mulher sozinha em Roma passa perfeitamente despercebida.
Excepto para os abutres.
Os abutres sao aqueles homens que mandam bocas a qualquer coisa que se mexa.
Falam para mim e eu faço de conta que nao percebo.
Mas entao.
Estou eu numa piazza qualquer, a rodar o mapa em todas as direcçoes, quando vem um desses animais meter conversa.
Depois de dez minutos de pura seca - e' que nem a fazer o ar mais desinteressado possivel ele se foi embora - a conversa descambou.
Modo portugues activado.
- E tens namorado?
- Nao. Sou lesbica.
- Ah. Se calhar ainda nao encontraste o homem certo.
- Hum-hum. E tambem nao has-de ser tu, com certeza.
- Ahaha. Ok. Vemo-nos por ai entao.
- Ta'-xau.
Disposta a evitar outras situaçoes como esta, tive uma ideia espetacular.
Comprei um rosario e pu-lo ao peito.
Podem pensar que e' mesmo parvo. Mas sigam o meu racciocinio.
Os homens veem uma cruz.
Logo, pensam que eu sou extremamente devota.
Logo, conservativa.
Logo, uma seca na cama.
Ora, se es uma seca na cama. Ja nao tens interesse nenhum.
Acreditem ou nao, o rosario e' uma verdadeira arma corta-tesao.
Uma mulher sozinha em Roma passa perfeitamente despercebida.
Excepto para os abutres.
Os abutres sao aqueles homens que mandam bocas a qualquer coisa que se mexa.
Falam para mim e eu faço de conta que nao percebo.
Mas entao.
Estou eu numa piazza qualquer, a rodar o mapa em todas as direcçoes, quando vem um desses animais meter conversa.
Depois de dez minutos de pura seca - e' que nem a fazer o ar mais desinteressado possivel ele se foi embora - a conversa descambou.
Modo portugues activado.
- E tens namorado?
- Nao. Sou lesbica.
- Ah. Se calhar ainda nao encontraste o homem certo.
- Hum-hum. E tambem nao has-de ser tu, com certeza.
- Ahaha. Ok. Vemo-nos por ai entao.
- Ta'-xau.
Disposta a evitar outras situaçoes como esta, tive uma ideia espetacular.
Comprei um rosario e pu-lo ao peito.
Podem pensar que e' mesmo parvo. Mas sigam o meu racciocinio.
Os homens veem uma cruz.
Logo, pensam que eu sou extremamente devota.
Logo, conservativa.
Logo, uma seca na cama.
Ora, se es uma seca na cama. Ja nao tens interesse nenhum.
Acreditem ou nao, o rosario e' uma verdadeira arma corta-tesao.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Finalmente...
... dou bom uso ao dinheiro que me custa tanto a ganhar.
Vale a pena trabalhar a milhas do lugar a que eu sempre chamei casa. Com gente chata, maluca e mal-criada.
Se isso me da' possibilidade de viver 'a moda dos dois u'ltimos dias.
Roma e' um lugar lindo para se escrever.
Vale a pena trabalhar a milhas do lugar a que eu sempre chamei casa. Com gente chata, maluca e mal-criada.
Se isso me da' possibilidade de viver 'a moda dos dois u'ltimos dias.
Roma e' um lugar lindo para se escrever.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
No outro dia falei com os meus pais pelo MSN
E o meu pai disse-me que estou bonita.
'Tá bem que os pais dizem sempre isto aos filhos.
Mesmo quando eles são obesos e um horror.
Mas este elogio vindo do meu pai, depois de um turno de doze horas, e com umas olheiras até ao queixo, soube assim.
Mui-tooooo bem :)
'Tá bem que os pais dizem sempre isto aos filhos.
Mesmo quando eles são obesos e um horror.
Mas este elogio vindo do meu pai, depois de um turno de doze horas, e com umas olheiras até ao queixo, soube assim.
Mui-tooooo bem :)
terça-feira, 17 de maio de 2011
Coisas que ainda me fazem rir, depois de tantos anos
Há uns sete anos atrás, fui a Andorra esquiar.
Perdidos no meio da neve, eu e os meus amigos, encontrámos um senhor sentado no chão.
A tentar levantar-se com os skis agarrados aos pés.
E sem muito sucesso.
Nós, que não dávamos uma para a caixa em espanhol, arriscámos.
- Ei! Tire lós skis. Tire lós skis.
O homem olha para nós e agradece.
- Grácias.
Viramos costas e ouvimos.
- Porra p’ra esta m*rd*. Pó c*r*lh* que f*d* isto.
Perdidos no meio da neve, eu e os meus amigos, encontrámos um senhor sentado no chão.
A tentar levantar-se com os skis agarrados aos pés.
E sem muito sucesso.
Nós, que não dávamos uma para a caixa em espanhol, arriscámos.
- Ei! Tire lós skis. Tire lós skis.
O homem olha para nós e agradece.
- Grácias.
Viramos costas e ouvimos.
- Porra p’ra esta m*rd*. Pó c*r*lh* que f*d* isto.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
No meu trabalho, há uma enfermeira indiana
No outro dia, eu e a Y. trabalhámos no mesmo piso.
Às seis e meia da tarde fomos para o escritório fazer registos.
Sem perceber muito bem como, a minha vida privada virou tema de conversa.
Modo português activado.
- Então? És casada?
- Não.
- Namorado?
- Não.
- Porquê? És uma rapariga bonita. Tens de arranjar alguém.
- Talvez. Mas não estou interessada.
- Mas sabes, uma mulher só se sente completamente realizada ao lado de um homem.
Eu, que tenho pavor a estas conversas, tive vontade de ser maldosa. De dizer:
Isso é o que tu pensas. Lá na Índia envenenaram-te a cabeça. Aposto que aos sete anos já estavas prometida a alguém...
Em vez disso, respondi:
- Talvez. Para já estou bem sozinha...
Sou muito grata por ter nascido num país e numa família que me deram opções.
Nunca fui obrigada a nada. Ou quase nada - a minha mãe obrigava-me a comer farinha de pau com peixe quando era pequena. Entre outras coisas.
Eu falo-falo-falo, mas já não sei como é estar numa relação. Assim, a sério.
Aposto que tem coisas giras.
Tipo.
Dormir em conchinha.
Ter alguém para falar sobre o inferno que é o nosso trabalho.
Ver filmes enroscadinhos.
Fazer amor várias vezes por semana.
Sentirmo-nos protegidos.
Mas... Tirando a parte de fazer amor, eu consigo fazer tudo o resto com os meus amigos.
Se esta felicidade que sinto - ainda que estando sozinha - não é realização.
O que é então?
Às seis e meia da tarde fomos para o escritório fazer registos.
Sem perceber muito bem como, a minha vida privada virou tema de conversa.
Modo português activado.
- Então? És casada?
- Não.
- Namorado?
- Não.
- Porquê? És uma rapariga bonita. Tens de arranjar alguém.
- Talvez. Mas não estou interessada.
- Mas sabes, uma mulher só se sente completamente realizada ao lado de um homem.
Eu, que tenho pavor a estas conversas, tive vontade de ser maldosa. De dizer:
Isso é o que tu pensas. Lá na Índia envenenaram-te a cabeça. Aposto que aos sete anos já estavas prometida a alguém...
Em vez disso, respondi:
- Talvez. Para já estou bem sozinha...
Sou muito grata por ter nascido num país e numa família que me deram opções.
Nunca fui obrigada a nada. Ou quase nada - a minha mãe obrigava-me a comer farinha de pau com peixe quando era pequena. Entre outras coisas.
Eu falo-falo-falo, mas já não sei como é estar numa relação. Assim, a sério.
Aposto que tem coisas giras.
Tipo.
Dormir em conchinha.
Ter alguém para falar sobre o inferno que é o nosso trabalho.
Ver filmes enroscadinhos.
Fazer amor várias vezes por semana.
Sentirmo-nos protegidos.
Mas... Tirando a parte de fazer amor, eu consigo fazer tudo o resto com os meus amigos.
Se esta felicidade que sinto - ainda que estando sozinha - não é realização.
O que é então?
domingo, 15 de maio de 2011
E ainda insuportável
Encho a banheira e falo sozinha.
- Salve. Arrivederci. Parlo poco italiano.
Blábláblá.
- Salve. Arrivederci. Parlo poco italiano.
Blábláblá.
sexta-feira, 13 de maio de 2011
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