terça-feira, 29 de junho de 2010

Pequeno, Médio e Grande

O nosso espetáculo de dança é já nos dias 2, 3 e 4 de Julho.

Estão todos convidados a ir ver as minhas figurinhas.
Mais ainda este ano, que danço de perna ao léu.
Ai meu deus-ai meu deus-ai meu deus!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Então Blimunda disse, Vem.

Desprendeu-se a vontade de Baltazar Sete-Sóis, mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia e a Blimunda

A notícia teve em mim o mesmo efeito que uma pedrada.

domingo, 13 de junho de 2010

Ainda de volta das palavras

Nas aulas de filosofia do secundário aprendíamos a definir conceitos.
Eu, que tenho memória de elefante, decorava palavra por palavra. Vírgulas e tudo.
Acabei a disciplina com 18. E não percebia népia.

Já não me recordo o que é que o Kant diz sobre a liberdade.
Mas aposto que é qualquer coisa difícil. Que é preciso ler muitas vezes e separar por partes, para perceber.

Para mim, a liberdade é muito fácil de definir. Significa:
Comer-uma-pizza-inteirinha-seguida-de-um-crepe-afogado-em-chocolate-e-chegar-ao-fim-sem-um-grama-de-culpa.

Mais do que livre, isso é ser feliz.

:)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

As séries da vida real

Quem vê séries de Hospital não imagina o que se passa lá dentro.

Na maior parte das vezes, os doentes não são bonitos.
São acamados, magrinhos, desorientados.
Usam fraldas.
Têm sondas para comerem e para fazerem chichi.
Têm feridas que cheiram mal.
Tossem e vomitam.

Hoje morreu um homem no meu Serviço.
A esposa encontrou-o preto.
Veio para o corredor gritar e chorar e atirou-se para o chão.

Vim o caminho todo a pensar nela.
Na reacção dela.
Na reacção de nós todos quando perdemos alguém que amamos.
Na dor.
Na dor para a qual não há analgesia. Nem palavras de alívio. E que só o tempo vai curando.
Muito devagarinho.

Os enfermeiros são mesmo heróis de coração forte.