sexta-feira, 17 de maio de 2013

Novelas

É incrível a nossa capacidade de complicar coisas muito simples.
Tipo a amizade.

Há um ano que trabalho em Portimão.
Longe dos meus pais. E do meu amor. E dos meus amigos mais queridos.

Quando aqui cheguei encontrei uma família que me acolheu tão bem.
Tão bem :)

De repente, sou quase das últimas a perceber que estão todos magoados uns com os outros.

Eu, quando faço alguma coisa que a minha mãe não gosta, ela é a primeira a apontar-me o dedo. E ainda me chama parva por cima.
Eu gostava que a minha família algarvia me visse como família mesmo. E me tratasse como a minha mãe, mal eu faço asneira.
Porque a gente vai guardando porcaria cá dentro. E um dia despeja na hora errada, com as pessoas erradas. Tudo fora do contexto.

E depois dói.
As pessoas magoam-se sem necessidade.

Eu contra mim falo.
Que complico tudo.
Guardo até ao último minuto.
Choro com uma facilidade danada.
Sou feita de vidro e parto com muita facilidade.

Tenho chorado tanto nos últimos dias.
Porque, às vezes, nem parece que estou em casa.