quarta-feira, 1 de junho de 2011

Nunca falei dela no blog. Ou já?

No segundo ano da faculdade, fiz o meu primeiro estágio-assim-a-sério
A enfermeira que me orientou, lembro-me dela até hoje.

Fátima.

Não posso dizer que ela fosse uma criatura amorosa. Não para mim, pelo menos.
Uma altura tive de me trancar na casa-de-banho do serviço para chorar sem ninguém ver.
Bufava quando eu era lenta. Revirava os olhos quando eu não sabia responder. Dava-me na cabeça todo o santo dia.

Mas apesar do mau-feitio, a Fátima foi uma das melhores que eu conheci.

E ainda hoje penso nela. E faço coisas como ela me ensinou. E sou-lhe muito grata por isso.

4 comentários:

  1. Também apanhei alguns maus-feitos por aí...mas no meu caso não aprendi nada com esses. C'est la vie...

    (envie-te um email, nao sei se ja viste lol depois diz qualquer coisa)

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  2. As bestas que apanhei só me fizeram prometer que se algum dia orientasse um aluno(a), ele(a) até ia andar comigo ao colo,lol

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  3. não damos valor na altura.. mas à medida do tempo.. vamos percebendo que são essas pessoas que nos deram muito na cabeça que nos fizeram melhores pessoas. neste caso, melhores trabalhadoras :)

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  4. Eu acho que é preciso destinguir quem foi exigente connosco ou quem simplesmente foi má pessoa. Eu apanhei das duas,mas distingo muito bem e facilmente estes dois tipos de pessoas.
    As primeiras, são aquilo que eu chamo de "exemplos de enfermeiras" e as segundas acho que andam na profissão errada!Com as primeiras aprendi as bases para ser o enfermeiro que sou hoje em dia...com as segundas senti-me aprisionado no meu processo de formação (e quando acontece logo no início pior ainda).
    Se um dia vier a ter um aluno comigo, não penso facilitar a vida, pois já me apareceram colegas desses, que para serem enfermeiros só existe essa possibilidade, de nunca terem apanhado ninguém exigente. É que os exigentes não olham a caras na hora de o serem...as más pessoas podem se-lo para umas e para outras não, consoante encaram com as pessoas.
    A exigência é obrigatória no nosso processo de formação, pois temos uma das profissões mais exigentes que existem...são os doentes, são os familiares, são os colegas de trabalho, é o trabalho em si. Daí eu dizer que a enfermeira que me ajudou mais, foi a enfermeia Isabel, pessoa que me levou aos limites, mas que foi sempre muito sincera e aberta comigo. Duma pessoa destas nunca poderia dizer mal...além de ser das melhores, senão a melhor enfermeira, que conheci até hoje!

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