sexta-feira, 27 de maio de 2011

Roma ou 'a minha vida dava um filme'

Primeiro dia.

Uma mulher sozinha em Roma passa perfeitamente despercebida.
Excepto para os abutres.

Os abutres sao aqueles homens que mandam bocas a qualquer coisa que se mexa.
Falam para mim e eu faço de conta que nao percebo.

Mas entao.
Estou eu numa piazza qualquer, a rodar o mapa em todas as direcçoes, quando vem um desses animais meter conversa.

Depois de dez minutos de pura seca - e' que nem a fazer o ar mais desinteressado possivel ele se foi embora - a conversa descambou.

Modo portugues activado.

- E tens namorado?
- Nao. Sou lesbica.
- Ah. Se calhar ainda nao encontraste o homem certo.
- Hum-hum. E tambem nao has-de ser tu, com certeza.
- Ahaha. Ok. Vemo-nos por ai entao.
- Ta'-xau.

Disposta a evitar outras situaçoes como esta, tive uma ideia espetacular.
Comprei um rosario e pu-lo ao peito.

Podem pensar que e' mesmo parvo. Mas sigam o meu racciocinio.
Os homens veem uma cruz.
Logo, pensam que eu sou extremamente devota.
Logo, conservativa.
Logo, uma seca na cama.
Ora, se es uma seca na cama. Ja nao tens interesse nenhum.

Acreditem ou nao, o rosario e' uma verdadeira arma corta-tesao.

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