Hoje, o T. teve uma crise.
Atirou-se da cadeira abaixo.
Começou a falar com ninguém numa língua que só ele percebe.
A I. tem 96 anos, uma insuficiência renal e um bigode capaz de competir com o do meu pai.
Dei-lhe bom dia e ela respondeu-me com um sorriso amoroso de um só dente.
Os velhinhos cuidam muito bem de mim.
Babam-se. Dizem coisas tontas. Riem-se sem motivo nenhum.
Fazem-me esquecer que o meu inglês é péssimo.
Vão morrer em breve. Como a senhora de ontem, a quem foram feitas manobras de reanimação inúteis.
As saudades que eu tinha disto...
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