terça-feira, 31 de agosto de 2010

Eu e a tecnologia, parte III

Quando eu falo mal do Facebook e das pessoas que fazem dele um diário, estou a dar um tiro nos pés.
Afinal de contas eu tenho um blog. Faço a mesma coisa. Só que noutro sítio.

A verdade é que estas tecnologias enganam.


Por exemplo, se eu vos mostrar esta foto, em que estou visivelmente favorecida,

vocês vão pensar que eu até danço bem e sou muito interessante.


Se eu vos mostrar esta,


vocês rapidamente concluem que eu tenho espinhas na testa e estou muito longe de ser parecida com a Gisele Bünchen.

Na internet, nós só mostramos o que nos interessa.
E eu contra mim falo.

Quem me conhece bem, sabe que eu não sou só este blog.
Sabe que eu tenho um mau feitio que dói. Que sou impaciete. Insegura. Má língua. Etc, etc, etc. Só que não escrevo sobre isso.
A verdade é que eu, que sempre fui burra a Português e sempre tive dificuldade em exprimir ideias por palavras, apanhei o gostinho de escrever uns gatafunhos, de vez em quando.

Isto é mesmo conversa de mãe babada...

Está bem que ele rói tudo.
Aliás. Destruiu os fios eléctricos do aparelho de som do meu pai.
Roeu as cortinas da sala.
E as pernas da mesa de jantar.
Já fez chichi em cima de mim duas vezes.
Cocó, já lhe perdi a conta.

Mas quando lhe faço festinhas nas orelhas ele faz assim...



:)

domingo, 29 de agosto de 2010

E por falar em filmes...


Vi este e ainda tenho os olhos inchados.

Se tivessem de escolher um. O melhor da vossa vida.

Qual seria?

sábado, 28 de agosto de 2010

Senhoras e senhores

Apresento-vos a minha nova namorada.

Agora é a parte em que eu sou apedrejada por só achar piada a coisas fúteis.
M., podes atirar a primeira pedra.

No ninho

O meu trabalho não exige muito de mim.
No máximo, cinco horas em pé.
Dores de costas ao fim do dia, por carregar garrafões de água e sacos de 20 quilos com comida para cão.
Lidar com pessoas que, em alto-e-bom-som, dizem que o cartão de descontos é uma trafulhice e que o meu patrão só mete dinheiro ao bolso às custas delas.
Ou aquelas que bufam de impaciência quando a caixa pára. Porque estou a passar uma factura. Ou não sei desactivar um alarme. Ou demoro a abrir os sacos. Ou outra coisa qualquer.

Desengane-se quem acha que me estou a queixar.
Eu até gosto disto tudo.
Primeiro, porque sou obrigada a sair de casa e a lidar com gente e a contrariar a minha costela sociopata.
Segundo e principal. O dinheiro.

Quando se trabalha, o descanço sabe ainda melhor.
Hoje de tarde fiquei no ninho.

No meio da tralha, lá a encontrei.
Esta caixinha é na realidade um porta-jóias bem foleiro.
Eu brincava com isto na casa da minha tia. Devia ter uns quatro ou cinco anos.
Quando se abre, dá música. Mas eu mantenho-a fechada. Para não chorar baba e ranho.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Eu e a tecnologia, parte II

Quando cheguei à Finlândia, era a única que não tinha Facebook.
Criei uma conta, mas infelizmente, não tenho fotos em biquini para me tornar popular e ter 548714754319 amigos.

Hoje fiquei a olhar para esta mensagem.



Alguém sabe quem é o Zé?

Há dias que te peço,

chuva.
Apaga os incêndios e dá descanso aos bombeiros.

E não te esqueças que eu não tenho namorado.
Convida-me para ver um filme. Só eu e tu.
Tu do lado de fora. Eu do lado de dentro, com um cobertor.

Às vezes releio o que escrevo.
E pergunto-me se haverá alguém desse lado com paciência para as minhas tolices.

domingo, 22 de agosto de 2010

Se ainda restarem dúvidas...

Pai nosso que estás no céu,
Não me deixes cair em tentação.
Mas livra-me do mal.
Amén.


Nem sei que lhe chame...

Em Abril, comecei a fazer dieta. E para além dos oito quilos, perdi muito juízo.

Há dias - quase todos - em que comida-e-comer não me saem da cabeça.
Obriguei o meu corpo a sobreviver sem chocolate todos os dias. E à semelhança do que aconteceria se eu tomasse droga, senti os efeitos da abstinência.
Incluindo dor física.

Eu tenho crises.
Em que como até não conseguir respirar. Até não conseguir estar sentada.
Até me esquecer do que comi.
No minuto a seguir, engordo 10 quilos. De culpa.

Activo o sistema de compensação. Uma semana sem pão. Sem massa e sem arroz.
Para depois entrar em crise outra vez.

Eu e a I. nem nos conhecíamos direito. Começamos a falar e descobrimos que sofremos do mesmo.
Falamos disto a rir. Sem dramas.
Ela resolveu o problema dela com ansiolíticos e um psiquiatra.

Eu ainda não sei bem como hei-de resolver o meu.

Para já, estou muito aliviada por não estar sozinha.

sábado, 21 de agosto de 2010

Se és filha única,

és mimada. E não vale a pena contra-argumentares.

Os meus pais nasceram na miséria.
A minha mãe conta-me histórias de arrepiar os cabelos. Aos nove anos já carregava sargaço e andava descalça. Fazia recados às vizinhas para receber pão com marmelada. Viu o pai dela bêbado muitas vezes, depois de perder dinheiro a jogar às cartas.
Com treze anos, o meu pai trabalhava numa fábrica de chocolates à noite e ia para a escola na manhã seguinte. Dava o dinheiro todo à minha avó. Quando brincava era com um pneu velho de um carro e um pau.

Eu não gosto de ouvir estas histórias.
Penso nos meus pais muito pequeninos, com farrapos velhos vestidos e, provavelmente, com fome. Sem ninguém para os proteger. E fico muito triste.

Os meus pais só tiveram um carro quando eu tinha oito anos.
75% das minhas roupas eram da feira. 5% eram de marca, compradas especialmente para algum casamento. Os restantes 20% eram roupas em segunda-mão.
Nunca tiveram dinheiro para me oferecer o "Quem é Quem?".

Em compensação, o meu pai fazia-me problemas de matemática quase todos os dias. Porque eu lhe pedia. No primeiro ano, eu já sabia as tabuadas até ao 5. No terceiro ano, fiz a minha primeira equação do primeiro grau.
Lembro-me muitas vezes do meu pai a correr ao meu lado no Campo d'Agonia, enquanto me amparava a bicicleta sem rodinhas.
Lembro-me de o ver chorar, quando aos treze anos lhe disse que me achava gorda e feia e que me odiava a mim própria por isso.
Lembro-me de tanto, tanto...

... Que me empolgo e conto mais do que devia.

Bem.
Isto tudo para dizer que, dependendo da pespectiva, eu sou mesmo uma mimalhinha-mete-nojo.
Mas que ainda assim, decidi pôr-me a trabalhar enquanto espero pelos papéis que me legalizem no Reino Unido.

Sou operadora de caixa no Continente.
E todos os dias travo uma batalha. Abrir sacos plásticos! :)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sandra

Parabéns!


Amo-te muito.

domingo, 15 de agosto de 2010

Ale-ale-jandro

Podem dizer o que quiserem.
Que ela é uma ordinária.
Que imita a Madonna.
Que é feia e que parece um travesti.

Para grande infelicidade da minha mamã eu nasci uma pervertida.
Gosto muito de ver homens musculados em tacão alto.
A usarem chicotes e a simularem sexo sadomasoquista.
E, melhor ainda, a dançarem bem.

Não sou da opinião que a parcela menos tolerante da sociedade tem-de-levar-com-isto-e-pronto.
Há sempre a opção não ver o videoclip. Ou mudar de estação de rádio quando ela está a cantar. Ou não comprar os cd's dela. Ou ainda falar mal dela e tentar convencer os nossos amigos a não gostarem.

Para mim, o Alejandro e o Dominique merecem o mesmo respeito.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Hoje tenho muitas coisas a dizer

Eu nunca vejo televisão.
Mas ontem, à conversa com a C., descobri a existência deste programa.

Tenho muita pena de não me ter informado com antecedência dos castings.
Juro que ia lá com este corpinho. Anca de um metro, calças 40 e rabo empinado.

O meu objectivo: cegar a Fátima Lopes dos dois olhos.

Ah, já me esquecia...

A resposta numa imagem.

Obrigada, professor A.

Se bem me lembro das aulas de Anatomia do 1º ano da faculdade, em cada perna humana existem duas veias safenas.

A grande safena, safena interna ou safena magna.
E a pequena safena, safena externa ou safena parva.


Segundo o doutor, na minha perna direita verifica-se "ectasia e tortuosidade, blábláblá-whiskas saquetas, grande safena incompetente...". Que é como quem diz tens-22-anos-mas-vais-à-faca-porque-tens-pernas-em-pior-estado-do-que-as-da-tua-própria-mãe.

Acho que em vez de grande safena, lhe vou chamar grande safada.

Outra coisa.
A safena magna não dá uma p'ra caixa.
Mas a parva funciona que é uma maravilha.
Será que é daí que vêm algumas ideias minhas? :)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Eu fui ao Sudoeste e...

Pela primeira vez na minha vida, vi uma tenda ganhar forma entre as minhas mãos.


Dormi em espaços públicos.

Comprovei que há mulheres sem celulite. Por isso, vale a pena manter a fé. E continuar a usar creme.


Emocionei-me um bocadinho.


Armei-me em modelo fotográfico.



Music makes the people come together.

:)

No Porto

O Porto é para mim, que sou da terrinha, uma cidade muito-muito confusa. Perco-me com facilidade, apesar de ter sido um verdadeiro GPS para as minhas queridas amigas, quando estávamos na Finlândia.

Os mendigos não nos deixam comer. Pedem-nos dinheiro nas esplanadas. Sem dedos; braços estropiados. Usam os olhos tristes dos filhos que têm. O que em gente como eu funciona sempre.

As pessoas falam-me em inglês, só porque trago comigo o mapa da cidade. E - não vou mentir - aproveitei-me disso.

Infelizmente, o típico portuguesinho só trata bem os turistas estrangeiros.
Se eu pedir uma salada, se faz favor, demoram meia-hora para me servir. Esquecem-se dos talheres e do guardanapo. Perguntam-me se quero alguma coisa para beber depois de acabar a refeição.
Se eu pedir one salad, please, demoram a mesma meia-hora, mas os talheres, o guardanapo e a bebida vêm ao mesmo tempo. Dizem-me enjoy your meal e fazem-me vénias.

Quem me conhece sabe que eu deixo gorjetas. Sempre.
Mas prefiro dar dinheiro a gente simpática. Por isso, faço-me de parva para ser bem atendida e ainda dou dinheiro a quem ganha uma mixaria.

Eu sei bem o que é a exploração humana nos cafés com esplanada, em pleno Verão.
De qualquer forma, sempre fui simpática com os meus clientes. Mesmo quando me pediam um café e queriam que eu adivinhasse que era curto e com adoçante.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

E agora, um momento altamente didáctico


Por que é que este homem merece todo o meu amor?
Quem sabe?

Eu choro compulsivamente com isto!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Obrigada M.

Que beijinho! :)

Eu e a tecnologia

Já não aguentava abrir este blog e ver a minha cara.
Por isso, tirei-a.
Também mexi nas cores. E agora não consigo que ele volte a cor-de-laranja.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Droga

Quem é capaz de comer três pães com queijo, um pacote de bolachas maria e um prato de chocapic?

De uma assentada só?
Ah, então sou eu!