O K., de quem já falei aqui, nunca me dirigiu uma palavra desde que comecei a trabalhar no Centro.
Ontem dei-lhe de comer.
Falei com ele. Mesmo sabendo que não ia ter resposta.
- Blábláblá. One more spoon?
- Two.
Paralisei.
- K., say that again.
E ele ria-se sem dizer mais nada.
A voz é forte. Grave.
Não parece que vem de um homem magrinho de olhos azuis.
Tão frágil deitado numa cama.
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