Saio do Centro às nove da noite.
Treze horas de trabalho.
Vou a pé para casa.
Muito frio. Neve. Corpo dorido.
Tomo banho com água a ferver.
Olho a noite pela janela.
Demasiado cansada para pensar.
Tocam à campainha.
Do outro lado da porta lá está ele.
Não foi convidado.
E sabe que mesmo assim é bem-vindo.
Abro a porta e deixo-o entrar.
Ontem eu fiz Amor.
Não aquele amor em que se troca cuspe e orgasmos.
Fiz Amor, Amor.
Abracei-o e ficamos assim muito tempo.
Em vez de me tocar nas maminhas, cheirou o meu cabelo.
Hoje de manhã deixei-o partir.
De volta à República Checa.
Se calhar nunca mais o vejo.
E não estou triste.
Eu fiz Amor.
Daquele que não pede nada em troca.
Gosto desse amor.
ResponderEliminarÉ puro, simples,
E sabe bem...
Sabe a chocolate :)