Envenenam-nos a cabeça.
Eles não falam de amor.
Mas nós acreditamos que sim.
Toda a gente já experimentou.
Saudades que queimam o peito.
Nervos que fazem tremer a voz.
Calores a subir pelas pernas.
Não é engraçado?
O amor, que é tão bonito, já nos fez chorar a todos.
A dor da ausência deixa-nos tolinhos. E transforma em cóceguinhas qualquer dor de dentes ou enxaqueca.
Sofrer por amor é uma espécie de droga.
Mas quem sou eu para julgar?
Afinal de contas eu também tenho comportamentos aditivos. Empanturro-me e vomito a seguir. Não sou propriamente um bom exemplo...
Mas estava eu a dizer que há gente masoquista.
Gente que gosta de amar e sofrer ao mesmo tempo.
Gente que não se importa de amar por dois.
Gente que ama sem ser amada.
Que dá amor a quem não merece.
Há aqueles que ficam cegos.
E os que alimentam esperanças. Dia-após-dia-após-dia.
E isto é tão triste.
Ora se é triste, não pode ser amor.
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